"Os livros são as melhores provisões que encontrei para esta humana viagem." (Montaigne)
domingo, 31 de julho de 2011
pensar a república e portugal
quarta-feira, 27 de julho de 2011
antónio pina

E quando chegares à dura
pedra de mármore não digas: «Água, água!»,
porque se encontraste o que procuravas
perdeste-o e não começou ainda a tua procura;
e se tiveres sede, insensato, bebe as tuas palavras
pois é tudo o que tens: literatura,
nem sequer mistério, nem sequer sentido,
apenas uma coisa hipócrita e escura, o livro.
Não tenhas contra ele o coração endurecido,
aquilo que podes saber está noutro sítio.
O que o livro diz é não dito,
como uma paisagem entrando pela janela de um quarto vazio.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
alain tourraine

sábado, 23 de julho de 2011
artur coimbra

depois de amanhã levo a rosa
deposito-a em teus lábios ao cair da tarde
escrevo com o poema um grito de maio
no chegar manso da noite a rosa
levada ao calor da boca
artur coimbra e major miguel ferreira

o dr. artur sá da costa salientou a objectividade científica do historiador artur coimbra, ramificando a historiografia fafense com a do país. salientou do major miguel ferreira a "integridade moral e a coerência política" contra "o chico espertismo" de hoje, salientando a personalidade do major miguel ferreira como sendo o símbolo da conviência democrática. relativamente ao dr. artur coimbra, o dr. artur sá da costa focou a cumplicidade deste ao longo dos anos com as actividades culturais do município famalicense, integrando-se, ao mesmo tempo, na actividade cultural fafense. a investigação histórica, no caso do dr. artur coimbra, para a renovação da historiografia local no seu contexto nacional, na abordagem de novas temáticas e nas relações entre o poder local e as universidades, assim como a implementação de novos equipamentos culturais, são, nada mais nada menos, do que conquistas do poder local. o mesmo aconteceu em fafe. de seguida, o dr. artur sá da costa, realizou uma análise das relações do major miguel ferreira com os oposicionistas democráticos de braga, os quais, de influência marxista, rompiam, entretanto, com os velhos republicanos, mas admirando sempre o major miguel ferreira. aliás, citando lino lima, o major miguel ferreira possuía a "qualidade e a coragem, um compromisso que admirávamos." terminou com o repto de nos 40 anos das comemorações de abril se realizar a homenagem aos democratas de braga e, na sua convergência, com os republicanos, e com todos aqueles que se mantiveram fiéis aos seus princípios em louvor da democracia, num congresso que reúne vários munícipios, os museus e as universidades.
quinta-feira, 21 de julho de 2011
major miguel ferreira
quarta-feira, 20 de julho de 2011
pascoaes e espanha

terça-feira, 19 de julho de 2011
pascoaes em espanha

segunda-feira, 18 de julho de 2011
camilo e o porto iii


E é por isto mesmo que o Porto, espremido desde o vasto estabelecimento de Simão Duarte de Oliveira até ao tabuleiro de lumes pronto de reportórios do garoto da Porta de Carros, não transpira uma revista. Nos bailes está a filha do burguês, tipo degenrado de espadaúda minhota a fingir-se compleição nervosa e estremecida. No teatro é a mesma mulher, sempre deslocada, artificial e sonolenta. Na missa dos Congregados é a beata que pretende alinhar-se com um relicário Angélico meditado, decorado e repetido em casa pela mãe com várias explicações ricas de erudição das Horas Marianas. / A mulher do Porto, por consequência, vive só do seu vestido, do seu bracelete e do seu chapelinho de sol vermelho com grandes franjas amarelas. Groseeiramente requestada com cartas do estilo sirva-se vmc. entregar por esta minha ordem, a mulher daqui ignora rudemente as subtilezas do ideal, as preguiças amorosas que - diga-se aqui a própria verdade - são e serão sempre a douradoura das afeições. Aqui namora-se para casar: casa-se para ter filhos, que ordinariamente são as caras dos pais. Benza-os Deus!

De vez em quando, aparece uma cabeça de fogo a querer sevar-se de chamas no meio deste glacial reservatório das cabeças de pedra. Homens que não estudam o valor específico desta sociedade portuense metem-se a tratá-la com o coração viçoso e anelante: morrem na alma ou matam-se no corpo. É por isso que na semana passada um homem desespera dos recursos íntimos da coragem, não pode esquecer a mulher que o enganam não pode mesmo perdoar-lhe - e, para memória eterna de vingança de homem, rasga a artéria radial, derrama sangue até às agonias da morte, e vai morrer silencioso como o Chatterton, quando a mão do acaso, identificada à mão dum médico, lhe estanca o resto do sangue, e o salva dum suicídio de Séneca inimigo de semicúpios. / A sociedade está assim encaminhada. Honrosas excepções - homens incapazes de magoar um calo por causa do abandono da mulher, eu vos saúdo, como a tais patuscos se deve!
Camilo, O Nacional (25 Fev. 1850)
suroeste

sexta-feira, 15 de julho de 2011
camilo e braga


quinta-feira, 14 de julho de 2011
camilo e o porto ii
camilo e o porto

"Por esses tempos, era eu, moço de coração, de fantasia, sonhava, poetizava, carpia, exagerando-as, as dores alheias, interessava-me em saber os segredos das mágoas misteriosas e imaginava-me dotado de tanta sensibilidade e condão de consolar que, se acontecia aproximar-me da pessoa sofredora, a minha maior glória era enxugar-lhe as lágrimas, com não sei que expressões de alívio, esquecidas hoje."
quarta-feira, 13 de julho de 2011
romantismo(s)

quarta-feira, 6 de julho de 2011
bernardino machado e francisco giner de los ríos


portugal

domingo, 3 de julho de 2011
palavras do mundo

castelao

Fernando V. Corredoira - "Prefácio à Versão em Língua Portuguesa do Sempre em Galiza"