terça-feira, 18 de agosto de 2009



i)
... interessa reter o mais simples entendimento da genealogia, recorrendo para o efeito a uma entrevista em que Michel Foucault a designa enquanto «forma de história que dê conta da constituição dos saberes, dos discursos, dos domínios de objecto, etc., sem ter que se referir a um sujeito, seja ele transcendente com relação ao campo de acontecimentos, seja perseguindo sua identidade vazia ao longo da história». Neste livro procuro estudar processos de formação de «saberes», de «discursos» e de «domínios de objecto» - numa expressão rude e demasiadamente sintética, processos de formação de imagens. O objecto deste livro não é um, dois, três, quatro ou cinco sujeitos, mas as imagens que se constituem - que circulam - nas ligações que os sujeitos estabelecem entre si. Estas ligações formam várias redes, redes que comunicam entre si graças ao facto de cada sujeito pertencer a mais do que uma delas.

ii)
As imagens que perseguimos são aquelas que surgem na forma de texto.

iii)
... a primeira parte do livro aborda a questão do desenvolvimento da «sociedade» em Portugal, a segunda foca o problema da localização em Portugal na geopolítica mundial, a terceira debate os processos de invenção de um «povo português» e a quarta analisa a imaginação de uma História de Portugal.

José Neves

Neo-Realismo, Armando Bacelar...

portuguesia

às vezes, a pretensão da originalidade pode sair cara...