terça-feira, 2 de março de 2010

camilo poeta

"O eterno não é uma coisa que indiferentemente se obtenha de uma maneira ou de outra; ele não é propriamente uma coisa, mas sim o modo como se obtém."


Kierkegaard


"Criando um novo céu, além do céu, / Criando um novo mundo, além do mundo."


Teixeira de Pascoaes


"Depois o espaço imenso, o infinito, / Milhões de mundos para a eterna vida."

Camilo


"Camilo ao revelar a sua velhice precoce revela, ao mesmo tempo, a sua eternidade, sendo essa revelação o elixir da vida, do renascimento pessoal, de um morrer que é um nascer, numa interioridade criativa. Este caminho que Camilo proclama é um caminho genuíno, original: é o caminho do sonho imaginativo, é o caminho da fantasia da alma que vive num outro mundo, isto é, cria o seu próprio mundo face ao real, mediante uma sabedoria vivencial que não se destrói, mas que sofre alterações existenciais, não de indiferença pelo mundo, mas pela diferença de uma outra alma, diferente de todas as outras almas. Este mundo diferencial é o grito de liberdade do poeta exilado num mundo de humanidade quase nula."
Amadeu Gonçalves, Viagem ao Exílio de Camilo
"O que é a personagem em Camilo, e, em particular, na sua lírica: afirma-se e desenvolve-se, para lá da personagem Camilo e das entidades internas? Que figurações de poeta, e do poeta, emergem de atitudes janocéfalas, qual seja uma novela com poesia, ou vice-versa, uma recensão a vate, , polémica em estrofes, dramatização, etc? Pode certo verso argumentar um ´romance original`ou dar o rosto de um processo, que será, em conformidade, menos da novelísitica e mais da ficção? Nesta perspectiva, que autor vagueia na respectiva poesia e como antologiá-la hoje, quando ela se transformou em passagem e indiferença, mas pode ser horizonte de figuras camilianas, ora rosto, ora verso, também no verso?"
Ernesto Rodrigues

museu bernardino machado, a primeira actividade

In Opinião Pública / Revista. V. N. de Famalicão, n.º 288 (14 Nov. 1997)

museu bernardino machado, o início


In Opinião Pública / Revista. V. N. de Famalicão, Ano 5, n.º 224 (Fev. 1996), pp. 43-44