segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

abel barros baptista


abel barros baptista é um dos ensaístas portugueses contemporâneos que mais prezo. e, claro, cito-o. principalmente em "literatura e filosofia em camilo". os seus ensaios, fulgurantes, abrem, têm aberto, para novas interpretações da literatura. com uma escrita original. as suas crónicas na "ler", as que mais leio, estão repletas de um humor e de uma ironia do mundo do literário. dele tenho estes quatro livros. para além destes, já publicou "camilo e a revolução camiliana" (1988), "em nome de apelo ao nome" (1991), "ensaios facetos" (2004) e "o livro agreste" (2005).




  • "Quem se ocupa de livros depara de vez em quando com a distinção entre escritores que são "homens do livro" e escritores que são "homens da vida"; e ler, em casa, o livro de um reputado "homem da vida", que não perdeu cor nem vigor em bibliotecas, antes matou touros ou naufragou no Pacífico, é por certo experiência de sobressalto."
  • "... dois modos de ler, um que procura extrair o sentido enquanto dado do texto dele separável, outro entendido como efeito que deve ser experimentado."







  • "Não é leitor quem não arrisca, e a experiência do risco começa na aquisição do livro."

  • "Nunca há livros a mais, há sempre livros a menos."





  • "... a questão de saber o que acontece ao livro - à noção de livro em geral e à possibilidade de uma noção de livro em geral - quando o romance se constitui livro, ou que faz o romance com o livro quando recebe a herança do livro."





  • "... a ironia, aceitando que nela se diz sempre mais do que é dito e, sobretudo, mais do que aquilo que se quis dizer."