quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

da história

"A história reinventa-se"

Livro dos Saberes Práticos




"... a história é um romance verdadeiro. resposta que, à primeira vista, nada significa..."
Paul Veyne
I
O Objecto da História
i.i - Nada mais do que uma narrativa verídica
i.ii - Tudo é histórico, logo a história não existe
i.iii - Nem factos, nem geometral, somente intrigas
i.iv - Por uma pura curiosidade pelo específico
i.v - Uma actividade intelectual
II
A Compreensão
ii.i - Compreender a intriga
ii.ii - Teorias, tipos, conceitos
ii.iii - Causalidade e retrodição
ii.iv - A consciência não está na raíz da acção
III
O Progresso da História
iii.i - O prolongamento do questionário
iii.ii - O sublunar e as ciências humanas
iii.iii - História, Sociologia, História completa
Foucault revoluciona a história

virtudes

Estas são esculturas representando as mais variadas virtudes que estão no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa. Do escultor português neoclássico João José Aguiar (1769-1841), esculturas realizadas entre 1819 a 1830, temos as virtudes da lealdade, providência, clemência, acção virtuosa, anúncio bom, perseverança, constância e consideração. Do escultor do rocócó em transicção para o neoclassicismo, temos Joaquim Machado de Castro (1731-1822), com as esculturas concelho, generosidade e gratidão de 1817. Ainda faltam identificar algumas.




"Uma virtude é uma qualidade humana adquirida, cuja possessão e exercício tende a fazer-nos capazes de conseguir aqueles bens que são internos às práticas e cuja coerência nos impela efectivamente a conseguir qualquer bem."
Alasdair MacIntyre




"As virtudes hão-de entender-se como aquelas disposições que não só mantêm as práticas e nos permitam alcançar os bens internos às práticas, senão que nos sustenham também no tipo pertinente da busca do bom, ajudando-nos a vencer os riscos, os perigos, tentações e distracções que encontramos e procurando crescente autoconhecimento e crescente conhecimento do bem."
Alasdair MacIntyre






"... se as virtudes permitem ao ser humano converter-se num raciocinador prático independente, é porque também o permitem participar em relações de reciprocidade através das quais há-de conseguir os seus fins como raciocinador prático..."
Alasdair MacIntyre






































dias



Decepção, decepção... Lá fui hoje até ao Porto, com o último Paul Auster publicado entre nós no bolso para ler durante a viagem de combóio, para ir visitar a exposição "Teixeira Gomes: os anos do Porto". Costumo dizer que quando se colocam as expectativas altas, a decepção vem logo a seguir. Foi o que aconteceu com esta exposição mínima sobre Teixeira Gomes, sem catálogo, e não se podia tirar fotografias! Em Lisboa, em todas as exposições, mesmo a da "Resistência", no Porto, a tal das ditaduras republicanas e não só, que pretendia falar da cultura mas não fala, ou não falou, palmas aqui para a da Cordoaria, podia-se tirar fotografias. E, neste teor, o quadro de Júlio Brandão pintado por António Carneiro aparece completamente descontextualizado face ao resto da exposição, este famalicense que esteve na frente do Museu Soares dos Reis, quando se chamava Museu Municipal do Porto, recebendo então Teixeira Gomes em 1924, na sua viagem presidencial. O que valeu foi que a tarde não estava má, o sol até estava agradável, e ainda deu para ir a pé até à Latina e aí adquirir a nova edição das "Novas Cartas Portuguesas". Depois mais um passeio, com a FNAC ao lado, e lá encontrei Chesterton e os "Melhores Contos do Padre Brown", de Paul Veyne "Como se Escreve a História", e este livro fez-me lembrar o meu 12.º ano que então nos meus trabalhos para a disciplina de História tentava justificar a História como disciplina multidisciplinar, humana e científica, com Marc Bloc e os neo-marxistas da nova história como base. No regresso, maravilhou-me o conto de Luísa Costa Gomes "O Golpe do Ascensor da Biblioteca", publicado na antologia de contos "1910", claro, contos com a República como pano de fundo; e ao dirigir-me até ao Majestic para um café, como eram 15h00, hora de um cafézinho, ainda vi, chamemos assim, os bonecos do relógio da FNAC na sua dança das horas. Nem tudo foi mau, afinal de contas, esta meia tarde de feriado da reatauração, e há-de continuar a ser óptimo até ao fim do dia.






























































































































cultura

Nos oitenta anos de Eugénio Lisboa, o jornal As Artes Entre as Letras evoca-o da melhor maneira possível, com uma entrevista e textos de Guilherme de Oliveira Martins, Isabel Ponce Leão, João Bigotte Chorão e de Jorge Manuel Martins. O meu propósito é aqui evidenciar duas visões de cultura completamente diferentes: a de Eugénio Lisboa, falando-nos da educação e da cultura, dos seus promotores, de uma cultura mais humana. Contrariamente, a entrevista de João Aidos, para além de ser uma entrevista institucional, revela uma cultura particularizada, como se o país vivesse culturalmente de alguns núcleos culturais e das suas actividades.






As Artes Entre as Letras, n.º 39 (30 Nov. 2010), pp. 4-6.







Público (29 Nov. 2010), pp. 10-11.