domingo, 29 de maio de 2011

armando bacelar




ARMANDO BACELAR

(St.º Adrião, V. N. de Famalicão, 25-09-1998; Porto, 02-09-1998)


O TEÓRICO NEO-REALISTA


E só uns novos homens de um novo meio social para quem a verdade não tenha o brilho sufocante do sol, poderão encará-lo de frente, criando uma nova ideologia que volte a ser expressão do concreto geral, para o desenvolvimento da história pela resolução objectiva dos problemas humanos.

Armando Bacelar


Escritor e político. Com uma luta anti-fascista exemplar (preso várias vezes), Armando Bacelar, que terminou a sua licenciatura em Direito na Universidade de Coimbra em 1943, participou activamente na imprensa e nas revistas literárias ligadas ao Neo-Realismo, tal como é o caso Alma Académica (Porto), Alma Nova (Braga), Comércio dos Novos/O Comércio da Póvoa de Varzim (Póvoa de Varzim) – dirigiu estes dois últimos títulos enquanto ainda jovem estudante – Da Gente Moça//O Trabalho (Viseu), O Diabo (Lisboa), Do Espírito Literário/Ecos do Sul (Vila Real de St.º António), A Ideia Livre (Anadia), Independência de Águeda (Águeda), Nova Luz (Coimbra), Pensamento (Porto), Síntese (Coimbra), Sol Nascente (Porto, Coimbra), O Trabalho (Viseu), Vértice (Coimbra), entre outros títulos. Escreveu com os seguintes pseudónimos: Carlos Relvas, Eugénio Bastos Freire, Raul Sequeira, Aníbal Borges de Castro e Inês Gouveia. A seguir ao 25 de Abril foi Secretário de Estado da Justiça e Ministro dos Assuntos Sociais pelo Partido Socialista em vários governos provisórios, além de deputado em várias legislaturas. Foi distinguido em 1996 pelo então Presidente da República Jorge Sampaio com a Grã-Cruz da Ordem do Infante, tendo sido também distinguido pela Câmara Municipal de V. N. de Famalicão com a Medalha de Ouro do Município. No mesmo ano, a Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco organiza a exposição Armando Bacelar e Lino Lima: testemunhos de luta pela liberdade, baseada essencialmente no espólio doado pela família de Bacelar à mesma instituição pública famalicense. A propósito da problemática de Bacelar enquanto teórico do Neo-Realismo ver, por exemplo, Carlos Reis – O Discurso Ideológico do Neo-Realismo Português. Coimbra: Almedina, 1983; Textos Teóricos do Neo-Realismo Português. Apresent. Crítica, sel., notas e sugestões de leitura Carlos Reis. Lisboa: Editorial Comunicação, 1981; Armando Bacelar – (Pre)Tetxos: Armando Bacelar, Teórico do Neo-Realismo? Nota explicativa, sel., notas e indicações bibliográficas Amadeu Gonçalves; Introd. José Manuel Mendes. No Prelo.







armando bacelar e manuel da fonseca





Numa altura em que o Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, prepara as comemorações de dois centenários de nascimento, o de Alves Redol e o de Manuel da Fonseca, abrindo ontem a exposição comemorativa do segundo, apresento hoje algumas capas e dedicatórias de Manuel da Fonseca a Armando Bacelar, livros existentes no espólio de Bacelar patente na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão.