
i) A Confiança em Si.
ii) O Amor
iii) Montaigne, ou o Céptico
iv) A Natureza
v) A História.
vi) A Experiência
vii) A Amizade
"Os livros são as melhores provisões que encontrei para esta humana viagem." (Montaigne)

Este é um livro de filosofia diferente dos outros. A filosofia teve desde sempre por ambição melhorar as nossas vidas, fazendo-nos compreender aquilo que somos. Mas a maior parte dos livros de filosofia interessaram-se sobretudo pela questão da verdade e consumiram-se a emitir fundamentos teóricos, sem se preocuparem com as aplicações práticas. Aqui, pelo contrário, o interesse recai sobre aquilo que se pode extrair de uma grande filosofia e pode mudar a nossa vida: o mais ínfimo detalhe do nosso quaotidiano, como a visão que temos da nossa existência e o sentido que lhe damos.
A história do ateísmo em Portugal, que se descreverá seguidamente, não pretende ser a história de todos aqueles que pugnaram por uma visão extremada do mundo reclamando em absoluto a inexistência de um deus ou do transcendente (como se esse mesmo mundo pudesse ser descrito de forma simplista, a preto e branco, por pessoas totalmente sintonizadas). Pretende sim, ser a história de uma tendência: da tendência intelectual lusitana que se inclinou para a refutação da concepção do mundo enquanto produto de um deus criador.