quinta-feira, 24 de junho de 2010

Richard Wagner - Siegfried Funeral March - E.Leinsdorf

Giacomo Puccini:Intermezzo from Suor Angelica-Karajan and Berliner Phila...

a bagagem do viajante


  • Entendo que cada um de nós é, acima de tudo, filho das suas obras, daquilo que vai fazendo durante o tempo que cá anda." (11)
  • ... o mundo será de facto transformado mas não por nós. (15)
  • ... não seremos todos nós transformadores do mundo? (16)
  • Mas talvez seja melhor assim: não ter alcançado o pináculo então, é uma boa razão para continuar subindo. Como um dever que nasce de dentro e porque o sol vai alto. (17)
  • O mito do paraíso perdido é o da infância - não há outro. O mais são realidades a conquistar, sonhadas no presente, guardadas no futuro inalcançável. E sem elas não sei o que faríamos hoje. Eu não o sei. (23)
  • Ninguém me via, e eu via o mundo todo. Foi então que jurei a mim mesmo não morrer nunca." (26)
  • ... Ah, esta vida preciosa que vai fugindo, tarde mansa que não será igual amanhã, que não serás, sobretudo, o que agora és. (37)
  • A vida vai voltar ao princípio. Será possível que a vida volte ao princípio?" (37)
  • Ao contrário do que afirmam os ingénuos (todos o somos uma vez por outra), não basta dizer a verdade. De pouco ela servirá ao trato das pessoas se não for crível, e talvez até devesse ser essa a sua primeira qualidade. A verdade é apenas meio caminho, a outra metade chama-se cridibilidade. Por isso há mentiras que passam por verdades, e verdades que são tidas por mentiras. (55)
  • Pois vá o barco à água, que o remo logo se arranjará. (95)
  • ... é que por baixo ou por trás do que se vê, há sempre mais coisas que convém não ignorar, e que dão, se conhecidas, o único saber verdadeiro. (108)
  • Um mundo de coisas, se eu estivesse em disposição de escolher uma, encontrar-lhe o jeito, surpreendê-la a olhar para outro lado e caçar-lhe o perfil secreto - que é, afinal, em que se resume a arte de escrever. (120)
  • Saberei que malhas e nós tecem uma existência que não é a minha, esta que aqui ando a contar, e uma vez mais descobrirei, sempre com o mesmo espanto, que todas as vidas são extraordinárias, que todas são bela e terrível história. (121)
  • ... talvez a fraqueza de cada um de nós não seja irremediável. A vida está aí à nossa espera, quem sabe se para tirar a prova real do que valemos. Saberemos alguma vez quem somos? (161)
  • ... um mundo que julgávamos tão pequeno e que, afinal, tem o seu tamanho multiplicado pelo número infinito de instantes que formam, juntos, o tempo do mundo. (177)

revistas saramaguianas