quinta-feira, 11 de novembro de 2010

josé manuel mendes

Hoje vou escolher um poema e citar outras frases do livro que aqui apresento, e lido na altura, de um poeta não menos notável, e mais conhecido como sendo o Presidente da Associação Portuguesa de Escritores, José Manuel Mendes. Amigo de V. N. de Famalicão e homenageado no ano passado pelo municipio famalicense, José Manuel Mendes esteve sempre ligado a Famalicão, desde os anos setenta, participando em actividades culturais, como foi em Riba d`Ave, e quando colaborava nos anos oitenta do século passado no jornal famalicense, e que já não existe, "Voz de Famalicão". É uma daquelas vozes de fora cá dentro, entenda-se, uma voz de âmbito nacional e internacional, mas também local, preocupando-se com as raízes culturais do Minho. Apresento um texto de Vítor Aguiar e Silva, o primeiro vencedor do prémio Prado Coelho, instituído pela autarquia famalicense, e publicado no "Jornal de Letras", em 18 de Novembro de 1998 sobre este "Prelúdio de Outono". A última vez que José Manuel Mendes esteve em Famalicão foi na entrega do prémio APE/Câmara Municipal V. N. de Famalicão a Teresa Veiga, no ano passado, de cuja sessão coloco aqui uma foto, tendo atrás de si Camilo, inevitavelmente.





O Gesto à Espera


Por meu sonho e meu amor,
amor de água e de viagem,
te busco, minha ilha em flor,
flor múltipla sob a aragem



de um canto branco e feliz.
Feliz no tempo açodado
em que diz o que não diz,
não diz meu gesto calado.



Meu gesto à espera do olhar,
olhar: fome de viver,
com que enterneces o mar,
o mar onde renascer.





  • "... viajarei outra vez em busca da primeira manhã do mundo."
  • "E o silêncio depois. O silêncio da angústia, o silêncio de luto."
  • "Teremos de imaginar um dia único, diferente dos sete dias da semana, um lugar para a dádiva e os abraços sem porquê, para o que jamais se repete, o insólito, o definitivo."



  • "Transformar todos os sítios do mundo num só sítio. Algures. No enlevo e nos contrastes do verbo viajar."
  • "Surpreende-nos a harpa do futuro e, não raro, o impossível acontece."
  • "... a desordem dos pensamentos, o poder do sonho."
  • "O chato disto é que ainda não aprendi a ver as coisas do outro lado. Mas só de vez em quando. E a tal pedra na garganta. Na verdade sinto-me onde sempre estive."
  • "Ou será que, à semelhança do passado, o amanhã não existe?"










república e municípios


Escritores contestam extinção da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas - Cultura - PUBLICO.PT

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