tag:blogger.com,1999:blog-4790552408259968322024-03-13T05:27:57.218-07:00literatura&filosofia"Os livros são as melhores provisões que encontrei para esta humana viagem." (Montaigne)Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.comBlogger950125tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-82374919644479186362011-09-02T05:54:00.001-07:002011-09-02T05:54:32.934-07:00novo bloghttp://dopresente.blogspot.com
<br />Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-60248590130872250112011-08-29T10:40:00.000-07:002011-08-29T14:51:46.346-07:00lei da separação
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<br /><div align="justify"></div>para o dr. manuel sá marques
<br />com um abraço de fraternal amizade
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<br /><div align="justify">fui visitar, na semana passada, a exposição "a lei da separação: estado e igrejas na república", a qual se encontra ainda patente no arquivo contemporâneo do ministério das finanças, até 31 de agosto. é uma exposição a não perder, pela sua simplicidade e pelo seu conteúdo informativo. pena não haver um catálogo, como em muitas outras exposições que visitei no âmbito das comemorações do centenário da implantação da república. do tema em questão, fica como sugestão de leitura o livro "a separação do estado e da igreja: concórdia e conflito entre a primeira república e o catolicismo", de luís salgado matos. em contrapartida, o respectivo arquivo publicou um desdobrável informativo, bastante elucidativo, da respectiva questão, publicando a cronologia patente na exposição, desde 1911 até 2005. desta forma, a cronologia encontra-se assim estabelecida: i) 1910-1911 - a caminho da lei; ii) 1911-1917 - concórdias e conflios - aplicação da lei da separação de 1911; iii) 1918 - a «nova» lei da separação; iv) depois de 1919 - divergências e convergências na longa execução da separação. por seu turno, a exposição encontra-se dividida perante a própria lei, nomeadamente: 0 - decreto de 20 de abril de 1911 - a lei da separação; 1. da liberdade de consciência de cultos; 2 - das corporações e entidades encarregadas do culto; 3) da fiscalização do culto público; 4) da propriedade e encargos dos edifícios e bens; 5) do destino dos edifícios e bens; 6) das pensões aos ministros da religião católica; 7) disposições gerais e transitórias. apresento um filme da referida exposição.</div>
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<br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dze8S0S5NSWr-TexBy1WDpa9G0_zelXdZibEU-zD0aOAHU9pTM36zraOstgnWC8h1TzsNkNoZrrtRmiuh4V5A' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>
<br />Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-36787586149348045892011-08-29T08:48:00.000-07:002011-08-29T09:12:16.829-07:00de afonso cruz, o mundo
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<br /><p></p>
<br /><p></p>
<br /><p align="justify">ficamos sempre na expectativa com o título. só que o título é um pequeno nada quando se lê esta história, o último livro do escritor português afonso cruz, e que se chama "o pintor debaixo do lava-loiças". entre o que poderá ser a realidade, o espaço geográfico do mundo do pintor josef soers, isto é, ivan soers, e o espaço geográfico da infância do escritor afonso cruz, há um ponto em comum: a estética. se em ivan soers nos surgem reflexões estéticas à volta do que poderá ser a arte, em afonso cruz, através da personagem wilhelm, surgem-nos reflexões sobre o que poedrá ser a literatura. se logo no início nos surge a justificação desta história, na medida em que "as histórias não podem ser engarrafadas sem que se estraguem rapidamente", até porque elas "têm de andar ao ar livre como os animais selvagens", o que se deve fazer com as histórias é que "temos de as soltar para que possam correr todas nuas, digamos, libertas, sem preconceitos"; e, para além das reflexões estético-literárias, perante a ironia e o humor, afonso cruz oferece-nos reflexões éticas e existenciais, seja sobre o amor, a guerra, a morte, a interioridade do humano, sobre o tempo, transmite-nos uma ideia de portugalidade, enfim, a transcendência do mundo em nós, melhor, aquela in-transcendência para além daquele projecto de soers e que se chamava "museu das coisas inúteis". neste livro nada é inútil. há frases e pensamentos que podemos não concordar com eles, mas, como soers, reinventa-se o mundo, nós mesmos podemos reinventar e redesenhar esteticamente o mundo em nós para sermos outros nele. na mensagem de soers-cruz, de que "a felicidade é quando nos esquecemos da infelicidade em que vivemos", vai precisamente ao encontro do que acabo de dizer. reproduzo num pequeno filme a capa e três desenhos de afonso cruz, com a sua devida permissão, outra riqueza deste livro, cheio de olhos, abertos e fechados, para vermos melhor o mundo, diga-se, a escrita enquanto mundo de uma in-transcendência que se eleva.</p>
<br /><p align="justify"></p>
<br /><p>
<br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwKTx86PLcbatIqkKSrDlr9SPvnHMEq-hlV1QLPZGqAMGiSp6gS12Gofa5bnOdXtHTslPN_SVmhdILAG_osfQ' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe></p>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-87878161400286349442011-08-21T09:10:00.000-07:002011-08-21T14:45:32.955-07:00100 anos constituição da república<div align="justify">Hoje comemoram-se os 100 anos da Constituição da República em Portugal. Encontrava-se dividida em sete títulos, conforme assim designaram os respectivos capítulos. estavam assim estabelecidos: TI) Da Forma do Governo e do Território da Nação Portuguesa; TII) Dos Direitos e Garantias Individuais; TIII) Da Soberania e dos Poderes do Estado. Este Título III encontrava-se subdividido em três secções: SI) Do Poder Legislativo; Do Senado; Das Atribuições do Congresso da República; Da Iniciativa, Formação e Promulgação das Leis e Resoluções; SII) Do Poder Executivo; Da Eleição do Presidente da República; Das Atribuições do Presidente da República; Dos Ministros; Dos Crimes de Responsabilidade; SIII) Do Poder Judicial; TIV) Das Instituições Locais Administrativas; TV) Da Administração das Províncias Ultramarinas; TVI) Disposições Gerais; TVII) Da Revisão Constitucional e, finalmente, Disposições Transitórias. O Presidente da Assembleia Nacional Constituinte era Anselmo Braaancamp Freire. Transcrevemos uma entrevista de Bernardino Machado então concedida ao jornal "O Mundo" e publicada em 20 de Julho de 1911, sendo o assunto em foco a Constituição da República. Antes, Bernardino Machado tinha concedido uma outra sobre a mesma temática, precisamente em 11 de Maio de 1911.</div>
<br />
<br />
<br /><div align="justify"></div>
<br />
<br /><div align="justify">O Sr. Dr. Bernardino Machado, pelos seus vastos conhecimentos de direito público e pelas suas incontestáveis capacidades de estadista, estava naturalmente indicado para dar-nos a sua opinião acerca do futuro código político por que há-de fundamentalmente dirigir-se a República Portuguesa. O parecer do ilustre homem público seria deveras interessante e, neste momento, pela sua situação especial, de um grande alcance político. O Sr. Dr. Bernardino Machado, como todos sabem, é um republicano que, como ministro, com dedicação e inteligência raras tem defendido a segurança da República e o prestígio do País. A sua opinião, pois, revestiria um carácter de exclusivo patriotismo. Por isso, procurámo-lo nos Passos Perdidos, mas o eminente ministro da República, sempre <em>affairê,</em> e, ao mesmo tempo, não querendo abandonar a discussão parlamentar por interesse público e por gentileza com os oradores, era difícil de deter durante os minutos indispensáveis para ouvi-lo sobre o assunto. Conseguimos, porém, no Ministério dos Negócios Estrangeiros obter de S. Ex.ª uma meia hora de palestra. Principiamos logo por esta pergunta, a mais indiscreta de todas:</div>
<br />
<br />
<br /><div align="justify">- Que me diz V. Ex.ª da discussão parlamentar acerca do projecto da Constituição?</div>
<br /><div align="justify">- Que tem sido elevada e consciente, confirmando os dotes parlamentares de uns oradores, e revelando brilhantemente os de outros, que se estrearam agora. A Constituinte está decidida, segundo me parece, a aceitar do projecto as duas câmaras e a presidência, mas desejando que os ministérios tenham voz no Parlamento e que haja um poder judicial independente. Pela minha parte, não julguei necessário, como ministro, intervir na discussão; mas como deputado e cidadão, é claro que não tenho dúvida alguma em expor a minha opinião.</div>
<br />
<br />
<br /><div align="justify">- V. Ex.ª entende que no nosso País existem sentimento e tradição parlamentares?</div>
<br /><div align="justify">O Sr. Dr. Bernardino Machado confia mansamente o bigode branco e farto, e acaricia com a palma da mão direita a testa alta e larga, e diz:</div>
<br /><div align="justify">- Sem dúvida!</div>
<br /><div align="justify">E, depois de uns segundos de silêncio, acrescenta e explica:</div>
<br /><div align="justify">- Com a Revolução de 5 de Outubro, o povo português afirmou, mais uma vez, vitoriosamente o direito de se governar por si. O regime republicano, desde a sua proclamação, não existe só de facto, mas também de direito. Por isso, quando os governos estrangeiros pensaram em entrar em relações connosco, eu não podia aceitar nem aceitei que nos tratassem apenas com um regime de facto. De facto, fora, por exemplo, o Governo de João Franco, porque tinha contra si a grande maioria do País. Nós, ao contrário, fizemos desde a primeira hora o Governo da Nação pela Nação quase sem opositores de valia. Não tivemos que nos impor pela ditadura, não! O Governo cumpriu no poder o programa que verdadeiramente não era só republicano, mas nacional, e que não era só de agora, mas que vinha dos tempos iniciais da nossa nacionalidade. Porque esse programa era de emancipação religiosa e outro não foi o da Nação logo durante a primeira dinastia, assinada pelas lutas contra o poder clerical. Era de emancipação económica, e tal foi o da Nação durante a segunda dinastia, em que as lutas se travaram contra o poder da nobreza feudal. E era de emancipação política, pleiteada de 1580 a 1640 contra a tirania estrangeira, e desde 1820 até 5 de Outubro de 1910 contra a opressão absolutista da Monarquia brigantina. E a prova de que nós, os do Governo Provisório, não fizemos ditadura, é que nenhum dos seus membros pensou em pedir e nenhum dos membros da Constituinte pensou em conceder-lhe um <em>bill </em>de indemnidade. A Constituinte deu-nos logo um voto de plena adesão e aprovação à obra governativa, a qual pode e deve ainda ser discutida no seu valor e perfeição técnica, mas não no seu sentido e alcance moral, que ficou desde esse voto solene da Constituinte fora de toda a questão, terminando com ele as nossas responsabilidades políticas perante o País.</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="justify">- Mas sobre a Constituição, sobre parlamentarismo...</div>
<br /><div align="justify">- Lá vamos, meu amigo, lá vamos.</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="center"><strong>AS TRADIÇÕES PARLAMENTARES</strong></div>
<br /><div align="center"><strong>Houve côrtes que elegeram reis e que lhes recusaram obediência - Negar o parlamentarismo é negar o poder do espírito público em Portugal</strong></div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="justify">Há muitos cidadãos no salão de espera que desejam falar com o ministro - este, aquele, mais aqueloutro, informa o contínuo.</div>
<br /><div align="justify">- Peça-lhes que esperem mais uns momentos - diz o ministro.</div>
<br /><div align="justify">E o contínuo parte.</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="justify">- É isto, observa-me o sr. dr. Bernardino Machado. A Monarquia deixou pendentes, sem solução, muitos assuntos. Pouco ou nada se importava com o País, nem com os interesses legítimos dos cidadãos, das corporações, etc. Proclama-se a República e deseja.se tudo resolvido, pelo melhor e o mais rapidamente possível, de chofre. Eu compreendo muito bem; mas é que não há forças materiais para tudo! Não basta só a boa vontade do Governo em atender a quaisquer reclamações justas e dignas; é necessário tempo, ocasião...</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="justify">Mas o ministro, quase sem transicção, prossegue:</div>
<br /><div align="justify">- Esse direito republicano e nacional, de que foi depositário o Governo Provisório, é que se trata agora de formular. Quanto melhor o formularmos, na nossa Constituição, tanto mais demonstraremos que o compreendemos. Essa fórmula é antiga como o nosso direito constitucional. É a fórmula parlamentar. Temos côrtes desde os alvores da nossa vida pública. Elas elegem reis em 1315 e 1641. Declaram ao eleger D. João VI, que têm o direito de recusar obediência ao Rei, quando ele se torne tirano e indigno; acusam em 1642 de traidor o secretário de Estado, Lucena, e em 1668 depõem Afonso VI. Com elas, pelo seu engrandecimento, atingimos a nossa grandeza histórica, e quando elas declinam, decai também a Nação. A prova de que somos antigos parlamentares é que um dos grandes mestres de direito público parlamentar, conhecido e lido em todo o mundo, é o sábio português Silvestre Pinheiro Ferreira. Para as côrtes apelamos em 1820 e 1834, e foi pelos progressos do parlamentarismo que chegamos a ter quase o sufrágio universal para a eeleição da Câmara dos Deputados e a introduzir também o elemento electivo na organzição da Câmara dos Pares. Através de muitos erros e incertezas, o período de 1852 a 1885 foi, incontestavelmente, não só de fomento, mas também de tolerância e liberalismo. Basta lembrar as leis tantas vezes citadas, a lei eleitoral de Fontes, a lei administrativa de Sampaio, a lei de imprensa de Barjona de Freitas, leis promulgadas por ministros conservadores, mas reclamadas da oposição pelos partidos mais avançados de então, reformistas, históricos e progressistas - tal era então a intensidade da vida pública entre nós. Para não falar de outros mais recentes, os nomes de Garrett, José Estêvão e Rodrigo da Fonseca, esses três eminentes parlamentares reunidos no mesmo elogio pelo nosso grande Latino Coelho, mostram quanto foi modernamente gloriosa a nossa tribuna parlamentar. E quem esqueceu os oradores republicanos dos últimos tempos, que tanto a dignificaram?</div>
<br /><div align="justify">- O Mundo já defendeu essa opinião, que muito folgo ver tão eruditamente desenvolvida e confirmada por V. Ex.ª...</div>
<br /><div align="justify">- É a verdade. Bem sei que se objecta com as dissoluções repetidas em dois reinados de D. Luís e D. Carlos; mas que provam elas se não a luta do poder contra o parlamentarismo, que, ainda mesmo viciado pelo regime, o amedrontava e não era nunca, afinal, um morto? Negar o parlamentarismo é negar o poder do espírito público em Portugal, atacando não só a Monarquia, que o pretendeu sufocar, mas o próprio País, que se não deixou nunca esmagar pro ela; é sustentar a tese de João Franco, desenvolvida no célebre decreto da ditadura administrativa relatado pelo ministro Martins de Carvalho, que para a fundamentar não duvidou asseverar que em Portugal só ditatorialmente se tinha governado e se podia governar. Se nunca tivéssemos tido vida cívica, se no-la houvesse destruído a Monarquia, como é que sem nenhuma preparação eramos capazes de exercitar os nossos direitos livremente, dentro do regime republicano? Não! A República é o corlário legítimo e necessário de todo o nosso passado de povo livre, muitas vezes oprimido, mas incessantemente redivivo pelo esforço indomável da nossa hombridade patriótica. Tais são as nossas tradições constitucionais.</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="center"></div>
<br /><div align="center"><strong>OS PONTOS CAPITAIS</strong></div>
<br /><div align="center"><strong>Presidência, duas câmaras, representação associativa e corporativa - Ministros</strong> <strong>no Parlamento! - A união dos republicanos deu-nos a vitória, e só ela pode consolidá-la</strong></div>
<br /><div align="center"><strong></strong></div>
<br /><div align="justify">E pusemos claramente a questão:</div>
<br /><div align="justify">- Na opinião de V. Ex.ª, devemos assegurar e manter o regime parlamentar...</div>
<br /><div align="justify">- Incontestavelmente. E como organizá-lo? Quantos órgãos deve ter? Um, dois ou mais? Depende isso da própria organização social. Dantes, quando a Nação se divida em três Estados - clero, nobreza e povo - havia rigorosamente três câmaras, porque cada braço das côrtes discutia e votava sobre si; hoje, não há já castas, divisões profundas da sociedade, mas há duas formas de sociabilidade: uma, associativa, a das associações de classe; outra, corporativa, que é a dos municípios, paróquias, distritos e províncias. Daí, duas câmaras: a Câmara dos Deputados, que cada vez mais tende a ser o coroamento da vida corporativa, representa das forças vivas da Nação, já entre si equilibradas e harmónicas. Como elegê-las? A Câmara dos Deputados deve ser eleita pelo sufrágio universal, cada vez mais e melhor disciplinada pela organização associativa, e o Senado deve ser eleito por todas as nossas corporações, desde a paróquia até à província, senão mesmo até também pela Câmara dos Deputados, como sucede em França. Por isso, não convém dar à Câmara Alta exlusivamente o nome de Conselho de Municípios.</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="justify">- E quanto ao Presidente e sua eleição?</div>
<br /><div align="justify">- O Parlamento é o representante da soberania da Nação e, como tal, tem todos os poderes e todos pode reassumir. Felismente, ao que parece, ninguém, tentado pela prosperidade da grande República da América do Norte, pretende fazer ressurgir, entre nós, as lutas entre o Chefe do Estado e o Parlamento, substituindo a um Rei dinástico de origem parlamentar um presidente eleito fora do Parlamento, com uma força igual à dele, podendo, portanto, defrontá-lo e vencê-lo. Chama-se a esse regime presidencial, como sabe, porque predomina nele o presidente sobre o parlamento. É o regime republicano que mais se presta aos golpes de Estado e às revoluções. O presidente eleito pelo sufrágio directo, com uma câmara só, deu em França o segundo império e Sédan. Sempre é melhor um chefe eleito do que um Rei hereditário, não há dúvida; mas é ainda uma forma jurídica de constituição inferior. Basta à direcção do Governo um Presidente do Conselho ou é precisa uma autoridade que presida à alternação dos partidos no poder e que dê continuidade à política externa da Nação? À Suíça basta um presidente do conselho federal, mas esta é uma das formas anárquicas do Governo que provam um alto grau de educação cívica nos cidadãos daquela Nação. Assim como não precisam de autoridade que presida aos movimentos dos partidos, assim também chegam a dispensá-la para a elaboração das leis, votando-as directamente por meio do direito de iniciativa e do direito de<em> referendum</em>. Lá mesmo, porém, algumas vozes de homens públicos notáveis têm reclamado para o presidente da conferederação a magistratura do Chefe do Estado. E, na Suíça, a vida pública tão intensa administrativamente, não tyem quase nunca grande intensidade política. Entre nós é, sobretudo, neste momento, ainda muito ardente a nossa vida política. Podemos e devemos contar com a fácil disciplina social do nosso povo; mas a dos dirigentes é bem mais difícil e penosa. Em parte alguma se dá uma separação profunda entre os poderes, nem nos Estados Unidos, onde o Presidente da República exercita até o veto e onde ao Parlamento competem as mais altas nomeações. Os ministros, que são os mais cotados representantes da maioria parlamentar, adquirem pelo seu trato directo dos negócios a prerrogativa no exercício do direito da inciativa das leis e os deputados e senadores não legislam só, fiscalizam a execução das leis, e actos legislativos seus são ao mesmo tempo executivos, como a votação dos tratados internacionais, e das chamadas leis constitucionais, isto é, a lei de meios e a da fixação das forças de terra e mar.</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="justify">- E a respeito do direito da dissolução, é contra ou a favor?</div>
<br /><div align="justify">- Sou contra, por mais ponderosos que sejam os argumentos com que esse direito foi defendido. Para mim, o poder moderador está na opinião pública, que é indispensável que as maiorias e opsições agitem incessantemente. E, por isso mesmo, eu quero os ministros no Parlamento, no seu posto discutindo, conduzindo a opinião. Não aceito, sequer, a sanção e o veto do Chefe do Estado. Compete-lhe a ele, unicamente, a promulgação das leis. Quanto à sua reeleição, tenho sustentado sempre que o Parlamento não deve restringir os seus poderes, impossibilitando-se de votar em quem quiser, que ese alguém tenha sido ou não ainda Chefe do Estado. Penso mesmo não ser sem perigo a clásula da não reeleição, porque é quase um convite ao Chefe do Estado para se não importar com a opinião, alimentando-lhe ou criando-lhe, precisamente, as tendências ditatoriais que se pretendiam coarctar.</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="center"><strong>[OS VENCIMENTOS]</strong></div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="justify">- V. Ex.ª tem tratado, nesta nossa palestra, de todos os pontos capitais da Constituição ou de uma Constituição. Permita-me que indague de V. Ex.ª o que pensa a respeito de duas questões análogas, e que se tem ventilado - a dotação do Presidente e o subsídio aos deputados...</div>
<br /><div align="justify">- Penso que, na verdade precisamos de ser uma economia rigorosa, porque todos temos responsabilidades graves perante o espectáculo da miséria em que se encontram as classes trabalhadoras entre nós, miséria que urge remediar. Por isso, os vencimentos dos representantes da Nação, como os de todos os seus funcionários, devem ser modestos, mas faça-se também por que não sejam insuficientes, para que todos possam democraticamente desempenhar os cargos públicos, quaisquer que sejam os seusmeios pessoais de fortuna. Sobre este, como sobre todos os pontos capitais, creio não haver sensíveis divergências na maioria da Constituinte. E oxalá ela efectivamente vote uma Constituição que seja quanto possível a expressão unânima das aspirações do partido Republicano e da Nação. Presicamos de fundar solidamente a autoridade republicana, para que ela possa assegurar eficazmente todas as liberdades públicas. A autoridade deixou de ser o inimigo, para ser o amigo do povo e, como tal, deve vir a ser considerada e respeitada. Organizem-se os poderes públicos, traçando-lhes as suas órbitas de acção, mas com toda a confiança neles, dadno-lhes forças e prestígio para afzerem uma política que tem de ser de coesão e pacificação nacional, mas que ambém tem de ser de uma enérgica e inquebrantável defesa da República, seja contra quem for que a afronte ou ataque, tentando romper os nossos laços cívicos, separando-nos uns dos outros, aqui e no ultramar, numa palavra, pondo em risco a unidade e o destino histórico da nossa nacionalidade. O grande mal do país proveio das divisões e dissolução dos partidos e governos monárquicos. A sua regeneração e engrandecimento não há-de provir da fraternal união republicana, tornando-se absolutamente necessário que seja tão estreita e disciplinada no Governo, quanto o foi na oposição. Ela nos deu a vitória, só ela nos pode consolidar para sempre!</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dwCxTLOz_tJV0qU6JvOHT4q8KBX5WMbdlMuuNDHfFqdhunTFgSwfej9MWRhbY301yU_shV6OZ57yiRyjSk9WA' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-13454220148867190742011-08-18T10:56:00.000-07:002011-08-18T11:04:02.312-07:00camilo e o século 1925
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<br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dza7J-YqfZO3l46JOBMWHN-tuWsYly2ckyGPROXtDkCIP5cY_ZaTTYTkLdT-S-V-TGw7xXek5BiiIHiHrgP8A' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-19981246531350984452011-08-15T11:18:00.000-07:002011-08-15T11:56:18.232-07:00portuguesia 5.ª edição
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<br /><div align="justify">"A diferença é dizer, é revelar, é haurir o tesouro da eloquência a riqueza da palavra."</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="justify">"Grande há ser o merecimento da poesia, personalizada, deixem dizer assim, no poeta para resistir à negligência sisuda dos que, fartos das suas, prescindem de assistir às lástimas alheias! Esse grande merecimento há-de consistir em três preciosas qualidades: primor da linguagem, conhecimento do coração, e elevada filosofia, tão elevada filosofia, tão elavada que a personalidade do autor desapareça nela, e fique a humanidade."</div>
<br />
<br /><div align="right">Camilo, <em>O Nacional</em>, 1856</div>
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcdE9Z5iMvkI4S1ypOvzE0DDSfZtBfSMzRWndy4gjcE8lZpxDMxwDhIem9EtUf1ACuxWcun-q-K1sUDi-pZUahSLMxSMIKiF2LEPB6wd0RJ85eOwh3swJazxMcR4gZUuSyGtMPyKdAByoV/s1600/49306_100001098348792_5037_n%255B1%255D.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; DISPLAY: block; HEIGHT: 268px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5641149536752191506" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcdE9Z5iMvkI4S1ypOvzE0DDSfZtBfSMzRWndy4gjcE8lZpxDMxwDhIem9EtUf1ACuxWcun-q-K1sUDi-pZUahSLMxSMIKiF2LEPB6wd0RJ85eOwh3swJazxMcR4gZUuSyGtMPyKdAByoV/s320/49306_100001098348792_5037_n%255B1%255D.jpg" /></a>
<br />
<br />
<br /><div align="center">PORTUGUESIA</div>
<br />
<br /><div align="center">FESTA DA POESIA DE LÍNGUAS PORTUGUESAS E ESPANHOLAS</div>
<br />
<br /><div align="center">5.ª EDIÇÃO </div>
<br />
<br /><div align="center">3 SETEMBRO 2011</div>
<br />
<br /><div align="center">CASA-MUSEU CAMILO CASTELO BRANCO</div>
<br />
<br /><div align="center">S. MIGUEL DE SEIDE</div>
<br />
<br /><div align="center">VILA NOVA DE FAMALICÃO</div>
<br />
<br /><div></div>
<br />
<br /><div align="justify">O autor do projecto desta festa da poesia lusófona, agora voltada para a língua espanhola, é wilmar silva, tendo como curadores o próprio wilmar e luís serguilha. tem o apoio da câmara municipal de vila nova de famalicão e da casa-museu de camilo castelo branco-centro de estudos camilianos, com poetas, artistas e ensaístas convidados do brasil, da espanha, da finlândia, do méxico, de moçambique e de portugal. </div>
<br />
<br /><div align="justify"></div>
<br />
<br /><div align="justify"></div>
<br />
<br /><div align="center">abertura</div>
<br />
<br /><div align="center">arq. armindo costa, presidente da câmara municipal de vila nova de famalicão</div>
<br />
<br /><div align="center">apresentação "portuguesia" por wilmar silva e luís serguilha</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">09h30 </div>
<br />
<br /><div align="center">audição instalação "tropofonia"</div>
<br />
<br /><div align="center">a lírica de camilo castelo branco</div>
<br />
<br /><div align="center">jardins da casa de camilo</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">10h30 </div>
<br />
<br /><div align="center">perfomances "guesas livres"</div>
<br />
<br /><div align="center">com carlos vinagre, luísa raposo, maria elisa ribeiro, rita dahl</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">11h30</div>
<br />
<br /><div align="center">provocação a poesia em transe: transversalização</div>
<br />
<br /><div align="center">medulas de diálogo: imersão e emersão da palavra</div>
<br />
<br /><div align="center">com amadeu gonçalves, marília lopes e sara canelhas</div>
<br />
<br /><div align="center">provocador: josé pego</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">12h45</div>
<br />
<br /><div align="center">perfomance "guesas livres"</div>
<br />
<br /><div align="center">com elza ramos amaral, francesco napoli, jorge melícias, jorge velhote</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">15h00</div>
<br />
<br /><div align="center">perfomance "guesas livres"</div>
<br />
<br /><div align="center">com joão rasteiro, camila vardarac, olga valeska, victor sosa</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">15h45</div>
<br />
<br /><div align="center">provocação a poesia em transe: imaginários de resistência</div>
<br />
<br /><div align="center">medulas de diálogo: koa`e de luís serguilha</div>
<br />
<br /><div align="center">com luís serguilha</div>
<br />
<br /><div align="center">provocador victor sosa</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">16h45</div>
<br />
<br /><div align="center">perfomance "guesas livres"</div>
<br />
<br /><div align="center">com beatriz ramos do amaral, carlos poças falcão, domingos mazzilli, ignacio martínez-castignani</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">17h30</div>
<br />
<br /><div align="center">provocação a poesia em transe: des-territorialização da língua</div>
<br />
<br /><div align="center">medulas de diálogo: geografias, línguas, linguagens</div>
<br />
<br /><div align="center">com josé manuel mendes, graça capinha, helena vasconcelos</div>
<br />
<br /><div align="center">provocador paulo nogueira</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">19h15</div>
<br />
<br /><div align="center">perfomance "guesas livres"</div>
<br />
<br /><div align="center">com camila buzelin, delmar gonçalves, gisela gracias ramos rosa, tábata morelo</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">20h00</div>
<br />
<br /><div align="center">exposição e leitura cartas de amor enviadas a camilo</div>
<br />
<br /><div align="center">com regina melo</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center">20h30</div>
<br />
<br /><div align="center">liberdade livre</div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />
<br /><div align="center"></div>
<br />Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-68795676449196662302011-08-15T03:57:00.000-07:002011-08-15T04:29:02.415-07:00xosé vázquez pintor<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA2taEX4l6JcBlP-kB3TBubOwJ38mXM29nH0aj1AiVICsOrNsWfltAfs5sOkbqC2sjJTbotBgfUgJN5ckRrFSlpe0cF8Egz9EiMyGc6SQNt2c2n2Uu1jtxgyzL07xtUplMMPiI2EOOkgI7/s1600/1153397214506vazquezpintor%255B1%255D.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 150px; DISPLAY: block; HEIGHT: 212px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5641036290027064642" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhA2taEX4l6JcBlP-kB3TBubOwJ38mXM29nH0aj1AiVICsOrNsWfltAfs5sOkbqC2sjJTbotBgfUgJN5ckRrFSlpe0cF8Egz9EiMyGc6SQNt2c2n2Uu1jtxgyzL07xtUplMMPiI2EOOkgI7/s320/1153397214506vazquezpintor%255B1%255D.jpg" /></a> Considerado uma das vozes mais originais da literatura galega, herdeiro cultural e literário de Rosalía de Castro, Xosé Vázquez Pintor nasceu em Melide (1946) e é o criador de uma obra literária repartida pelos mais variados géneros: desde a poesia, a narrativa, o ensaio de carácter antropológico, passando pelo teatro e até pela literatura infanto-juvenil. Ganhou vários prémios, nomeadamente Eduardo Pondal, Cidade de Ourense, Esquío, Uxío Novoneyra, Carvalho Calero, Torrente Ballester (que é exemplo o livro que aqui se destaca, <em>A memoria do boi</em>) e Premio da Crítica Española. Relativamente ao teatro, fundou os grupos Ancoradouro e Casa da Bola em Cangas, onde reside. Colabora frequentemente na rádio e na imprensa, tendo sido membro fundador do semanário <em>A Nosa Terra.</em> O jornalismo tem sido a sua grande paixão de sempre, tendo colaborado em jornais como <em>El Ideal Gallego</em>, <em>Faro de Vigo</em>, <em>La Voz de Galicia</em>, <em>SER-Galicia</em>, participando num programa televisivo semanal na televisão de Morrazo. Do livro que leio, deste escritor galego que já foi homenageado em 2008 pela Associação de Escritores da Língua Galega, de leitura apaixonante, cito: "Non hai silencio, porque o silente aquí tamén é culpa das lembranzas... a estima está e segue a vida, o alimento, o futuro." O silente em silêncio de si próprio. Agradável esta palavra: silente! somos seres em silente, somos seres do silente sem silêncio.</div>
<br />
<br /><div align="justify">
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ2QAw7vYmPj49iLH5VXEWoZ7bS9Oi6Lrp8S0t-hBLr9GzXzNwwWD-s-NvuXBjS1OXJ4ML-iK2O2VtYoF2I3SOgh0x1s__Ipie7Qcz_nuVesKP5z7IqZzUiBHL-rGWeaIYqjnSd5ti7_7M/s1600/img491.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 210px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5641035681634362210" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZ2QAw7vYmPj49iLH5VXEWoZ7bS9Oi6Lrp8S0t-hBLr9GzXzNwwWD-s-NvuXBjS1OXJ4ML-iK2O2VtYoF2I3SOgh0x1s__Ipie7Qcz_nuVesKP5z7IqZzUiBHL-rGWeaIYqjnSd5ti7_7M/s320/img491.jpg" /></a>
<br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-64807827276598531752011-08-09T10:29:00.000-07:002011-08-09T10:49:43.902-07:00entre a monarquia e a república
<br />
<br /><div align="center">para o dr. manuel sá marques, com um forte abraço de amizade fraterna</div>
<br />
<br />
<br /><div align="justify">"... a revolução deve ser mais um acto político do que um movimento militar e que politicamente o seu triunfo será tanto maior quanto menos violenta e menos dilacerante ela for militarmente."</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="right">Bernardino Machado</div>
<br /><div align="center"></div>
<br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbp9nGSyZcKhlgjaHR95_cJCWA1I1d_xjUNMFH7f_6ZBj6SumaiikO1sp_Vi1fYDPWyARnGO6xifgyYUu-8Dt-kr7W3PBTsu49_SIpLZX5txwbm6Pan9Zq5bLZEI5W8QAXXaa50I8doHgS/s1600/img489.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 141px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638911791431773938" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbp9nGSyZcKhlgjaHR95_cJCWA1I1d_xjUNMFH7f_6ZBj6SumaiikO1sp_Vi1fYDPWyARnGO6xifgyYUu-8Dt-kr7W3PBTsu49_SIpLZX5txwbm6Pan9Zq5bLZEI5W8QAXXaa50I8doHgS/s320/img489.jpg" /></a>
<br />
<br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQzukB5IG5z0tNszXb1E77W91rKLa1mxCc8vg5ShoNGUGl-2h4FOZ1pKFrTcVajLhvAoIiVvds5qhUSjURFtaXR__sR2pZdNuMea9BUEgMUcIprmb_oftQBOlyTEBhpwVIlkgeTFYT9rQ2/s1600/img490.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 274px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638911683335664546" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQzukB5IG5z0tNszXb1E77W91rKLa1mxCc8vg5ShoNGUGl-2h4FOZ1pKFrTcVajLhvAoIiVvds5qhUSjURFtaXR__sR2pZdNuMea9BUEgMUcIprmb_oftQBOlyTEBhpwVIlkgeTFYT9rQ2/s320/img490.jpg" /></a> <em>A Capital </em>(27 Ago. 1910).
<br />
<br />
<br />
<br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhUR-voFWwjp86foMk7txU2Tlvd0qwZgEb-OELXJO6JRgT1peiadB3uw9ECHdJRzLbsaleULrzpIKXIrGFlXuwvsekYerQ8B19QnxiJ7xXb4A0OXFTPeZM_QQHg4KziY6nVCvati1k4Zma/s1600/img488.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 227px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638909985228272034" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhUR-voFWwjp86foMk7txU2Tlvd0qwZgEb-OELXJO6JRgT1peiadB3uw9ECHdJRzLbsaleULrzpIKXIrGFlXuwvsekYerQ8B19QnxiJ7xXb4A0OXFTPeZM_QQHg4KziY6nVCvati1k4Zma/s320/img488.jpg" /></a>
<br />I - O último fôlego</div>
<br /><div>II - No meio da turbulência</div>
<br /><div>III - Males de longe e de perto</div>
<br /><div>IV - A via liberal</div>
<br /><div>V - Tempo de acalmação</div>
<br /><div>VI - Um «<em>banho de sangue</em>»</div>
<br /><div>VII - Ao almoço, na Estrela</div>
<br /><div>VIII - Três comensais</div>
<br /><div>IX - Afonso Costa entra em acção</div>
<br /><div>X - Com o conhecimento do Rei</div>
<br /><div>XI - O livre-pensamento</div>
<br /><div>XII - Condições de paz</div>
<br /><div>XIII - Conversa acabada</div>
<br /><div>XIV - O fracasso do Pacto</div>
<br /><div>XV - Cai Amaral</div>
<br /><div>XVI - Operação socialista</div>
<br /><div>XVII - Actos finais</div>
<br /><div>XVIII - Cronologia</div>
<br /><div></div>
<br /><div>Apêndice</div>
<br /><div>Primeiro discurso de Afonso Costa</div>
<br /><div>Segundo discurso de Afonso Costa</div>
<br /><div></div>
<br /><div align="justify">"O Pacto Liberal de tréguas, concebido numa manhã de Abril de 1908, em casa de Bernardino Machado, em Lisboa, foi negociado entre republicanos e monárquicos, comunicado ao Rei, discutido com o primeiro-ministro e com vários dirigentes dos principais partidos políticos da Monarquia e, por fim, objecto de intervenções no parlamento. Numa dessas intervenções, em 19 de Maio, Afonso Costa enunciou claramente as condições sob as quais os republicanos se comprometiam a abdicar da revolução e a adoptar uma via estritamente legalista e eleitoralista. / Rejeitada a proposta de Afonso Costa, que ele já com dificuldade fizera aprovar pelo Congresso republicano, regime fechava-se sobre si mesmo." (17)</div>
<br /><div align="justify"></div>
<br /><div align="right">Jorge Morais
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
<br /><div align="justify"></div></div>
<br />Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-77927336491544366132011-08-08T11:38:00.000-07:002011-08-08T11:44:17.312-07:00slavoj zizek
<br />
<br /><div align="center">pensar o cristianismo, sempre, entre a ortodoxia e a heterodoxia. a viagem é sempre fascinante.</div>
<br /><div align="center"></div>
<br /><div align="center"><em>O Livro dos Saberes Práticos</em></div>
<br /><div align="center"><em></em></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXPHMk2Iy3ZqgZiOT22mrkZxPRY8CwO7LH39J_2jVfl6iS9n7EB7hnoaYOXJIKdRImJpR5s9hJMxzDlK_vPpe6k1uSAUL-qJr3mWF5iGa8fZ79hvcIQt7X4UKLqB3itGVxuAiT9e2AxsoG/s1600/img392.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 206px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638557264556127330" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXPHMk2Iy3ZqgZiOT22mrkZxPRY8CwO7LH39J_2jVfl6iS9n7EB7hnoaYOXJIKdRImJpR5s9hJMxzDlK_vPpe6k1uSAUL-qJr3mWF5iGa8fZ79hvcIQt7X4UKLqB3itGVxuAiT9e2AxsoG/s320/img392.jpg" /></a>
<br />
<br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9sUeBwVFWED2Gj3F7Ek7NoTUWBTb1V5sAnIAZ3NW5lU5bIVQjREPlDNmwP0n6srqhuEVbLv78AWDNVgmYmeF6SMO_QXXLq191n9Cn-Vp-X_cLKPe-vjNHR4dmZPoUFYeNgUkKQ8RELrq0/s1600/img393.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 209px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638556789169439826" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9sUeBwVFWED2Gj3F7Ek7NoTUWBTb1V5sAnIAZ3NW5lU5bIVQjREPlDNmwP0n6srqhuEVbLv78AWDNVgmYmeF6SMO_QXXLq191n9Cn-Vp-X_cLKPe-vjNHR4dmZPoUFYeNgUkKQ8RELrq0/s320/img393.jpg" /></a>
<br />
<br />
<br />
<br /><div></div></div>
<br />Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-10515134652807902792011-08-07T05:53:00.000-07:002011-08-07T06:04:21.608-07:00slavov zizek<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhguNVhRVBm18DiqiI02ylCwXan1TnSMTPrldL40Ufm0irOqzf9hAy0ZhdScKiEna3VoOSHj8RJp7ZM3E4111vD_zSkCfuYv8NzNXhboyCStYpmkv8RCMuAQAuCGI2CoO9HkoOshYcRmUJu/s1600/img391.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 205px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638096677328859090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhguNVhRVBm18DiqiI02ylCwXan1TnSMTPrldL40Ufm0irOqzf9hAy0ZhdScKiEna3VoOSHj8RJp7ZM3E4111vD_zSkCfuYv8NzNXhboyCStYpmkv8RCMuAQAuCGI2CoO9HkoOshYcRmUJu/s320/img391.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify">"Este livrinho trata da maneira como a postura ideológica hoje predominante - o liberalismo multicultural e tolerante - participa em pleno neste despolitização da economia; para o reumir em termos consisos, a tolerância multicultural é a ideologia hegemónica do capitalismo global. A oposição entre o fundamentalismo étnico-sexista-religioso e a tolerância multicultural é, em última análise, uma falsa oposição: a neutralização política da economia é o postulado comum aos dois extremos. A única via de saúde deste beco, e o primeiro passo, portanto, a caminho de uma renovação da esquerda, é a reafirmação de uma crítica virulenta, fortemente <em>intolerante</em> da civilização capitalista global."<br /></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="center">I - A hegemonia e os seus fantasmas</div><br /><div align="center">II - Por que razão as ideias dominantes não são as ideias dos dominantes?</div><br /><div align="center">III - O político e as suas denegações</div><br /><div align="center">IV - A pós-política...</div><br /><div align="center">V - e a suas violência</div><br /><div align="center">VI - Existirá um eurocentrismo progressista?</div><br /><div align="center">VII - Os três universais</div><br /><div align="center">VIII - A tolerância repressiva do multiculturalismo</div><br /><div align="center">IX - Para uma suspensão de esquerda da lei</div><br /><div align="center">X - A sociedade do risco e os seus inimigos</div><br /><div align="center">XI - O <em>Unbehagen </em>na sociedade do risco</div><br /><div align="center">XII - A sexualidade hoje</div><br /><div align="center">XIII - É a economia <em>política</em>, imbecil!</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="justify"></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-8869740837033453092011-08-07T05:10:00.000-07:002011-08-07T05:53:06.812-07:00slavoj zizek o novo livro<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiViEW5f1V31Yt3BaztPEmtTbiW2AFhWjgXT253at8DePVh-fo74UwBILj08aSDAMAjZniYV5ufvdDyi3zSAbhN0X9Vma3QJ__AyD0f7usrJTYqu7duCP0HdZ6sGjNcXMYHrF0IN7eWYLbv/s1600/img385.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 233px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638095514580891810" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiViEW5f1V31Yt3BaztPEmtTbiW2AFhWjgXT253at8DePVh-fo74UwBILj08aSDAMAjZniYV5ufvdDyi3zSAbhN0X9Vma3QJ__AyD0f7usrJTYqu7duCP0HdZ6sGjNcXMYHrF0IN7eWYLbv/s320/img385.jpg" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuWjlclFWCESvgafl8hkrwxkF0epUF5nzCUK3T1zt9lXmN6h6LN13frLaysfN7LXOgGvOqngHWXLJPc2Xvv9oROSqV6LkJNnlMgVrAs3wBDLyqxe2ufHteSfPs-I_sz7s7gtsH2L1zK3gg/s1600/img386.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 171px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638095340358527682" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuWjlclFWCESvgafl8hkrwxkF0epUF5nzCUK3T1zt9lXmN6h6LN13frLaysfN7LXOgGvOqngHWXLJPc2Xvv9oROSqV6LkJNnlMgVrAs3wBDLyqxe2ufHteSfPs-I_sz7s7gtsH2L1zK3gg/s320/img386.jpg" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGUgGbQpsu59UQb74rRmMp6XPLm-mGrItgsco1CM1_DgAxFYn9yLkvZJXW02kRNFXrnqChzoFKryzS5rdh2ivHJMzjSOfeQ1u76M5Udi64WwIJNzNYh6VH7HQ-AHf3TN2dmCU8DxnK-5XB/s1600/img387.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 242px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638095232403850370" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGUgGbQpsu59UQb74rRmMp6XPLm-mGrItgsco1CM1_DgAxFYn9yLkvZJXW02kRNFXrnqChzoFKryzS5rdh2ivHJMzjSOfeQ1u76M5Udi64WwIJNzNYh6VH7HQ-AHf3TN2dmCU8DxnK-5XB/s320/img387.jpg" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaNM9IFpN0s4nle6G401yYw7yIpafDPSulfMxeOwOahlpt0lhvroudYtr43z87CisTIDGHzyHKjVIykIcUTE4SV9qa3_CGGocML3QUjaayyDi-n6vd1XIwBPCNfPtbnoEcfdO9TULbOVSO/s1600/img388.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 238px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638095072769383202" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaNM9IFpN0s4nle6G401yYw7yIpafDPSulfMxeOwOahlpt0lhvroudYtr43z87CisTIDGHzyHKjVIykIcUTE4SV9qa3_CGGocML3QUjaayyDi-n6vd1XIwBPCNfPtbnoEcfdO9TULbOVSO/s320/img388.jpg" /></a><br /><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiswkqXlKK9hwst_RHLxv78XL_gVSCKwpjqPJqEr4_oGBH-BC2YsYaYq5eQRSZ56aTX-cl1pD04swoJJ79mNAbsRObJXQ1yZph9Vrbpdr4vhM0e8-qHAmkHF6VATpC-XDvNUqycqA9wLyvo/s1600/img390.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 306px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5638085470932097442" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiswkqXlKK9hwst_RHLxv78XL_gVSCKwpjqPJqEr4_oGBH-BC2YsYaYq5eQRSZ56aTX-cl1pD04swoJJ79mNAbsRObJXQ1yZph9Vrbpdr4vhM0e8-qHAmkHF6VATpC-XDvNUqycqA9wLyvo/s320/img390.jpg" /></a><br /><em>Público / Ípsilon</em> (5 Ago. 2011)<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div></div></div></div></div></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-6894037007748653172011-08-05T13:30:00.001-07:002011-08-05T13:43:12.042-07:00camilo e os seus mistérios de lisboa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge5TBdFxFpLVTpR4HedTCAin1-y5rT4oqONd5vVSMKS1gJnT_csKWNN9tL7ANImAIidMYqo-6KUz9mL2LowUMf4vlet34mjeF71-tMoFFyMk8vykgeC_pJ3A6s8Li_ePTOGJPopXz5nYJ9/s1600/img144.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 207px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5637472248075034114" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEge5TBdFxFpLVTpR4HedTCAin1-y5rT4oqONd5vVSMKS1gJnT_csKWNN9tL7ANImAIidMYqo-6KUz9mL2LowUMf4vlet34mjeF71-tMoFFyMk8vykgeC_pJ3A6s8Li_ePTOGJPopXz5nYJ9/s320/img144.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify">"Tentar fazer um romance é um desejo inocente. Baptizá-lo com um título pomposo é um pretexto ridículo. Apanhar uma nomenclatura, estafada e velha, insculpi-la no frontispício de um livro, e ficar orgulhoso de ter um padrinho original, isso, meus caros leitores, é uma patranha de que eu não sou capaz. / Este romance não é meu filho, é meu afilhado. / Se eu me visse assaltado pela tentação de escrever a vida oculta de Lisboa, não era capaz de alinhavar dois capítulos com jeito. O que eu conheço de Lisboa são os relevos, que se destacam nos quadros de todas as populações, com foro de cidades e de vilas. Isso não vale a honra do romance. Recursos de imaginação, se eu os tivera, não viria consumi-los aqui em uma tarefa inglória. E, sem esses recursos, pareceu-me sempre impossível escrever os mistérios de uma terra, que não tem nenhuns, e, inventados, ninguém os crê.</div><br /><div align="justify"></div><br /><br /><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0l2XPlyaFF_mHjy5h8hdMzsfrN_6rDpb06Goj1HrSPhaq1wpWYVae64KMUD1TM9mARmU8gpm7m5pdR8Q29S-Ml1FfvPg0Nx2i27_VSeDr-nAxcOYpbV3CE6qyO7asJnODy1jzdfUiYGBs/s1600/img143.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 254px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5637472150823565570" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0l2XPlyaFF_mHjy5h8hdMzsfrN_6rDpb06Goj1HrSPhaq1wpWYVae64KMUD1TM9mARmU8gpm7m5pdR8Q29S-Ml1FfvPg0Nx2i27_VSeDr-nAxcOYpbV3CE6qyO7asJnODy1jzdfUiYGBs/s320/img143.jpg" /></a> <em>Público/P2</em> (5 Ago. 2011), p. 12.<br /><br /></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Enganei-me. É que eu não conhecia Lisboa, ou não era capaz de calcular a distância da imaginação de um homem. Cuidei que os horizontes do mundo fantástico se fechavam nos Pirinéus, e que não podia ser-se peninsular e romancista, que não podia ser-se romancista sem ter nascido Cooper ou Sue. Nunca me contristei desta persuasão. Antes eu gostava muito de ter nascido na terra dos homens verdadeiros, porque, peço me acreditem, que os romances são uma enfiada de mentiras desde a famosa <em>Astreia </em>de Urfé, até ao choramingas <em>Jocelyn</em> de Lamartine.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="center"><br /></div><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjJipkBs9tTt2vCDcm7Ris5LfeQr6ez1F_GRAOnNFFeg_1ifteVq8MAQPHFtl8UJGLQZPl8k_lAcidJ027XQyrK0sLgT-q7uj8pRKZnxjkmzVE1aOnV4C4EmxT-BCMvJXlUJMryWCUiveC/s1600/img145.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 206px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5637472030080625074" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjJipkBs9tTt2vCDcm7Ris5LfeQr6ez1F_GRAOnNFFeg_1ifteVq8MAQPHFtl8UJGLQZPl8k_lAcidJ027XQyrK0sLgT-q7uj8pRKZnxjkmzVE1aOnV4C4EmxT-BCMvJXlUJMryWCUiveC/s320/img145.jpg" /></a><br />Por consequência, diz o circunspecto leitor, vou-me preparando para andar à roda em um sarilho de mentiras. / Não, senhor. Este romance não é um romance: é um diário de sofrimentos, verídico, autêntico e justificado."<br /><br /><br /><br /><br /></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-58734221065306739312011-08-04T12:56:00.000-07:002011-08-04T13:13:37.547-07:00john rawls e a filosofia moral<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh12v9Dwk_PAy8nKUzGQfJgc_r_nr8FAiOlXRuMh_pagdAtG1chp8YcBiPuIgXmQ_LsR5MoWp_QYsj5QGuRmeygXnPTwBqRhWXm6PMBYc_0wyrcyXFIzb7WpKYjI7Jywd8_TetIQZZrxUkc/s1600/john-rawls1%255B1%255D.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 314px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5637093017973278226" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh12v9Dwk_PAy8nKUzGQfJgc_r_nr8FAiOlXRuMh_pagdAtG1chp8YcBiPuIgXmQ_LsR5MoWp_QYsj5QGuRmeygXnPTwBqRhWXm6PMBYc_0wyrcyXFIzb7WpKYjI7Jywd8_TetIQZZrxUkc/s320/john-rawls1%255B1%255D.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify">"A razão é vista como algo que prescreve incondicionalmente certas ações, ou ainda com referência a algum fim ulterior. Contudo, diz Sidgwick, é possível ver o ideal moral antes como algo que atrai, que determina um bom ideal a ser buscado, do que como um preceito, ou um imperativo, da razão. A acção virtuosa, ou a retidão na ação, é vista não como um preceito de uma razão imperativa, mas como algo bom em si mesmo, e não meramente como um meio para um bem ulterior."</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="right">Rawls</div><br /><br /><br /><br /><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYcqWd1i3CijHJcMGhMvL3EWPtlfR_Bw1s-UbNx0ujxwRjCEaYNID0q1u1srlVSGpKr-urksxFfFx7mVMWBUTB-CctoOr8naVIZI-BL5c6GQMXYLC_vJeChkAPk_5IeoYm-ir-4Gp3ssRC/s1600/img141.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 213px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5637092245544408626" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYcqWd1i3CijHJcMGhMvL3EWPtlfR_Bw1s-UbNx0ujxwRjCEaYNID0q1u1srlVSGpKr-urksxFfFx7mVMWBUTB-CctoOr8naVIZI-BL5c6GQMXYLC_vJeChkAPk_5IeoYm-ir-4Gp3ssRC/s320/img141.jpg" /></a><br />John Rawls - História da Filosofia Moral. org. Barbara Herman; Trad. Ana Aguiar Cotrim. São Paulo: Martins Fontes, 2005.<br /></div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Introdução</div><br /><div align="center">A Filosofia Moral Moderna</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Hume</div><br /><div align="center">A moralidade psicologizada e as paixões</div><br /><div align="center">A deliberação racional e o papel da razão</div><br /><div align="center">A justiça como virtude artificial</div><br /><div align="center">A crítica do intuicionismo racional</div><br /><div align="center">O espectador judicioso</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Leibniz</div><br /><div align="center">O seu aperfeiçoamento metafísico</div><br /><div align="center">Os espíritos como substâncias ativas: sua liberdade</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Kant</div><br /><div align="center">Fundamentação: Prefácio e Parte I</div><br /><div align="center">O imperativo categórico: a primeira formulação</div><br /><div align="center">O imperativo categórico: a segunda formulação</div><br /><div align="center">O imperativo categórico: a terceira formulação</div><br /><div align="center">A prioridade do justo e o objecto da lei moral</div><br /><div align="center">O constutivismo moral</div><br /><div align="center">O fato da razão</div><br /><div align="center">A lei moral como a lei da liberdade</div><br /><div align="center">A psicologia moral da <em>Religião</em>, Livro I</div><br /><div align="center">A unidade da razão</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Hegel</div><br /><div align="center">Sua <em>Rechtsphilosophie</em></div><br /><div align="center">Vida ética e liberalismo</div><br /><div align="center"></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-40072306452869081952011-08-03T14:49:00.000-07:002011-08-03T14:50:58.761-07:00da educação e da felicidade ii<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4NOxE749bYv_0c1ioltrOq006rnPt7q1h7CSN4WiNvW41YtKnxwlfXXdeij-J1Qm3PolQxebGvSyoyUGtwyY8h1Vq7jgCBu3eP0zAbI5JwpoMLXi10L9a2FSFDhNIZcaMLxx6NJcMFsTz/s1600/di%25C3%25A1rio+ilustrado+maio+1893.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 242px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5636750274107514386" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4NOxE749bYv_0c1ioltrOq006rnPt7q1h7CSN4WiNvW41YtKnxwlfXXdeij-J1Qm3PolQxebGvSyoyUGtwyY8h1Vq7jgCBu3eP0zAbI5JwpoMLXi10L9a2FSFDhNIZcaMLxx6NJcMFsTz/s320/di%25C3%25A1rio+ilustrado+maio+1893.jpg" /></a> Ophelia - "Litteratura. A Felicidade do Homem Comparada com a da Mulher". In <em>Diário Ilustrado</em> (26 Nov. 1892).<br /><br /></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-89920604721975278372011-08-03T14:30:00.000-07:002011-08-03T14:46:01.920-07:00da educação e da felicidade<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghKZdoVgwZKP4fIS64etYJ7f9fJ1TzJVluEMOslBBySDCBFXVeqbRdgahP7yIso5SofGFygTwDizoxpapXzMFUevUjKLymkpCXug312I9RWroQpabfo2Kt-ONaoT8jHpTnZz-PkOC2ANBM/s1600/di%25C3%25A1rio+ilustrado+maio+1893.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 242px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5636745657271785746" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghKZdoVgwZKP4fIS64etYJ7f9fJ1TzJVluEMOslBBySDCBFXVeqbRdgahP7yIso5SofGFygTwDizoxpapXzMFUevUjKLymkpCXug312I9RWroQpabfo2Kt-ONaoT8jHpTnZz-PkOC2ANBM/s320/di%25C3%25A1rio+ilustrado+maio+1893.jpg" /></a><br />J. Severiano Pereira - "A Felicidade do Homem Comparada com a da Mulher". In <em>Diário Ilustrado</em> (26 Maio 1893).<br /><br /></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-10345254559910240552011-08-03T13:34:00.000-07:002011-08-03T13:52:34.276-07:00josé saramago<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMy6iZbcgWBe0j6LPHRb-TmMmo6O-WLGS1KwWqMlvWpKQDZEO6B8n000W915mE0J_6dVjEFW6TBAYz8qBbJpVB5X7q3Nkmttw0QyznndwqTqevPivAWFifMOQc6wW_vTUjzl4WM2ni9Dsv/s1600/img115.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 265px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5636731035138796242" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMy6iZbcgWBe0j6LPHRb-TmMmo6O-WLGS1KwWqMlvWpKQDZEO6B8n000W915mE0J_6dVjEFW6TBAYz8qBbJpVB5X7q3Nkmttw0QyznndwqTqevPivAWFifMOQc6wW_vTUjzl4WM2ni9Dsv/s320/img115.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify">JRS - Há uma faceta da sua escrita que é pouco explorada nas conversas que tiveram consigo, que é a questão da tradução - um tradutor é também, de certo modo, um escritor. E o senhor traduziu mais de sessenta obras. Escrever a ficção dos outros ajudou-o a tornar-se melhor escritor?</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Saramago - Não, não ajuda nada! Ou tens a tua própria voz ou então não é o tempo que estás ocupado com uma voz alheia, o tempo que dura uma tradução, que te vai influenciar. Não, não é. Podes admirar aquilo que estejas a traduzir: o texto, o romance, o conto ou o que quer que seja. Mas não ao ponto de dizeres: vou fazer disto o meu modelo. Isso nunca me aconteceu.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">JRS - Quando estamos a ler uma obra traduzida, estamos a ler o autor ou o tradutor?</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Saramago - Eu creio que antes que chegue a essa tradução, já houve outra coisa que é a do próprio autor. O autor é um tradutor.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">JRS - Em que sentido?</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Saramago - Em que sentido? É alguém que traduz um sistema de sinais: emoções, pensamentos, eonhos, devaneios. Isso é um trabalho de tradução, porque tudo isso constitui uma linguagem que, se não encontrar uma forma comunicável de transmissão, fica cá dentro da cabeça de cada um de nós.</div><br /><div align="justify"></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-3716352826686900832011-07-31T11:18:00.000-07:002011-07-31T11:39:18.185-07:00pensar a república e portugal<div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu6Q9ohZijdlXKa7ITuxAn04BbaM-DS_nir_SFhok_tKXIAT3X-5Q_aCCX2b-XL4sd-kZjzn27LP2cUgqMzb1yDDgJN5kw5Pi5G1P_PzDcOCCYMboFyRnTJ8ZGk1CThUmfOOSPQdfGxVMC/s1600/2029%255B1%255D.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5635583464514470322" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiu6Q9ohZijdlXKa7ITuxAn04BbaM-DS_nir_SFhok_tKXIAT3X-5Q_aCCX2b-XL4sd-kZjzn27LP2cUgqMzb1yDDgJN5kw5Pi5G1P_PzDcOCCYMboFyRnTJ8ZGk1CThUmfOOSPQdfGxVMC/s320/2029%255B1%255D.jpg" /></a> </div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">"Apesar do período de 1910 a 1926 permanecer como um tema remoto às preocupações das novas gerações e de já não surgir como um simbolismo ao contrário do significado que teve para as gerações que vivenciaram o regime político que precedeu o actual, a história da República permanece uma ssunto controverso. Isto deve-se, e, parte, ao facto de que, independentemente das consequências da República, os seus esforços representaram a primeira tentativa do país para um governo mais democrático e representativo."</div><br /><div align="justify"></div><br /><br /><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL9S1hx30Smwh8b-Y0N1KCZ9hdh-WjHlHBJt-wsTtY3oko5kS8s93aTuop8ajEaarIRZrQypx9QPwrD3uKbR3AmknaUb2I3yueba5uuSRn_QrLYioWyaEmTaLpJR_jLu-jQlJ_CfcL80pF/s1600/img862.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 218px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5635582521683783090" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiL9S1hx30Smwh8b-Y0N1KCZ9hdh-WjHlHBJt-wsTtY3oko5kS8s93aTuop8ajEaarIRZrQypx9QPwrD3uKbR3AmknaUb2I3yueba5uuSRn_QrLYioWyaEmTaLpJR_jLu-jQlJ_CfcL80pF/s320/img862.jpg" /></a><br />I - Uma introdução à história moderna de Portugal</div><br /><div align="center">II - Uma Monarquia sem ,omárquicos</div><br /><div align="center">III - Republicanização</div><br /><div align="center">IV - O 5 de Outubro</div><br /><div align="center">V - A jovem República: os primeiros passos, Outubro de 1910-Janeiro de 1913</div><br /><div align="center">VI - A República democrática- Janeiro de 1913 a Dezembro de 1917</div><br /><div align="center">VII - Guerras e revoluções. Janeiro de 1915 a Dezembro de 1917</div><br /><div align="center">VIII - O presidente Sidónio Pais e a República Nova, 1917-1918</div><br /><div align="center">IX - A República imóvel: a política parada</div><br /><div align="center">X - A honra do Exército</div><br /><div align="center">XI - No reino dos pronunciamentos. Dezembro de 1918-Abril de 1925</div><br /><div align="center">XII - A política do desespero. 18 de Abril de 1925-28 de Maio de 1926</div><br /><div align="center">XIII - O 28 de Maio</div><br /><div align="center">XIV - O que veio a seguir: da ditadura militar ao Estado Novo</div><br /><div align="center">XV - Conclusões</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Apêndice A - Presidentes do Ministério, 1910-1933</div><br /><div align="center">Apêndice B - Presidentes da República, 1910-1933</div><br /><div align="center">Apêndice C - Lista seleccionada de organizações políticas<br /><br /></div><br /><div></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-36557198207550630072011-07-27T14:27:00.000-07:002011-07-27T14:33:13.157-07:00antónio pina<div align="center">o dito do não dito, o invisível que é visível em nós</div><br /><br /><div align="center">no mundo no outro</div><br /><br /><div align="center"></div><br /><br /><div align="center"><em>O Livro dos Saberes Práticos</em></div><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZFyl-M-xAg6iH6oT_6r40AvcGA28qGigRt9OUMfvnuLj6c2livk5ZU0wjUxlLvporI_YSTd32qU0vSluSZgCwKszJnfDFHznrSOrKXRgP4qXi5Dl2POxf_dnvAApUKihNmxUCYoFprgmY/s1600/img791.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 230px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5634146873404583074" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZFyl-M-xAg6iH6oT_6r40AvcGA28qGigRt9OUMfvnuLj6c2livk5ZU0wjUxlLvporI_YSTd32qU0vSluSZgCwKszJnfDFHznrSOrKXRgP4qXi5Dl2POxf_dnvAApUKihNmxUCYoFprgmY/s320/img791.jpg" /></a><br /><br /><br /><div align="center">O livro</div><br /><br /><br />E quando chegares à dura<br /><br />pedra de mármore não digas: «Água, água!»,<br /><br />porque se encontraste o que procuravas<br /><br />perdeste-o e não começou ainda a tua procura;<br /><br />e se tiveres sede, insensato, bebe as tuas palavras<br /><br />pois é tudo o que tens: literatura,<br /><br />nem sequer mistério, nem sequer sentido,<br /><br />apenas uma coisa hipócrita e escura, o livro.<br /><br /><br /><br />Não tenhas contra ele o coração endurecido,<br /><br />aquilo que podes saber está noutro sítio.<br /><br />O que o livro diz é não dito,<br /><br /><em>como uma paisagem entrando pela janela de um quarto vazio.</em>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-35010515811362415512011-07-25T14:35:00.000-07:002011-07-25T14:49:33.428-07:00alain tourraine<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio7NIXy6tr330ihmrXvNxkdqb84hRq8QPsnsFxVppe8x3TR2FRrXvehx8atZsCBBn9ysLWGar1PUh66HZbXsI8EzBDkdStvlqYqp4Xw2JMQpShGrjr_Or_wQr4eGhdrk6XVIjAzmW2gxBm/s1600/touraine%255B1%255D.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 256px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633407212100951954" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEio7NIXy6tr330ihmrXvNxkdqb84hRq8QPsnsFxVppe8x3TR2FRrXvehx8atZsCBBn9ysLWGar1PUh66HZbXsI8EzBDkdStvlqYqp4Xw2JMQpShGrjr_Or_wQr4eGhdrk6XVIjAzmW2gxBm/s320/touraine%255B1%255D.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify">"Em que é que a liberdade, a felicidade pessoal ou a satisfação das necessidades são racionais? Admitamos que a arbitrariedade do Príncipe e o respeito por costumes locais e profissionais se opõem à racionalização da produção e que esta exige que as barreiras caiam, que a violência recue e que seja instaurado um Estado de direito. Contudo, isso nada tem a ver com a liberdade, a democracia e a felicidade individual, como bemo sabem os Franceses, cujo Estado de direito foi constituído com a monarquia absoluta. Que a autoridade racional legal esteja associada à economia de mercado na construção da sociedade moderna não é suficiente, nem de perto nem de longe, para demonstrar que o crescimento e a democracia estão ligados entre si pela força da razão. Eles estão-no pela sua luta comum contra a tradição e o arbítrio, portanto, pela negativa, e não de uma maneira positiva. A mesma crítica é válida para a suposta ligação entre a racionalização e a felicidade, e com a legitimidade redobrada. A libertação dos controlos e das formas tradicionais de autoridade permite a felicidade, mas não a assegura; ela apela à liberdade mas, ao mesmo tempo, submete-a à organização centralizada da produção e do consumo. A afirmação de que o progresso é a marcha em direcção à abundância, à liberdade e à felicidade, e que estes três objectivos estão fortemente ligados entre si, não passa de uma ideologia constantemente desmentida pela História."</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Alain Tourraine</div><br /><br /><br /><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzs3aOEmYpcHqg7TOkIMHaM9I7PpkwwApr-doiEH_S2A2yaan5qqkBenRqC2aBfTp2MDk-46HtjwhQIsIwgDHD_JLDBhC6oQ12ojMfRSDNu-UoEJeBsFOQh-wNaEwsURjxmM9fy_pzNn4f/s1600/img789.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 216px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5633406846377201874" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzs3aOEmYpcHqg7TOkIMHaM9I7PpkwwApr-doiEH_S2A2yaan5qqkBenRqC2aBfTp2MDk-46HtjwhQIsIwgDHD_JLDBhC6oQ12ojMfRSDNu-UoEJeBsFOQh-wNaEwsURjxmM9fy_pzNn4f/s320/img789.jpg" /></a><br /><br />A MODERNIDADE TRIUNFANTE</div><br /><div align="center">I - As luzes da razão</div><br /><div align="center">II A alma e o direito natural</div><br /><div align="center">III O sentido da história</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">A MODERNIDADE EM CRISE</div><br /><div align="center">I A decomposição</div><br /><div align="center">II A destruição do Eu-mesmo</div><br /><div align="center">III A nação, a empresa, o consumidor</div><br /><div align="center">IV Os intelectuais contra va modernidade</div><br /><div align="center">V Saídas da modernidade</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">NASCIMENTO DO SUJEITO</div><br /><div align="center">I O sujeito</div><br /><div align="center">II O sujeito como movimento social</div><br /><div align="center">III Eu não sou Eu-mesmo</div><br /><div align="center">IV A sombra e a luz</div><br /><div align="center">V O que é a democracia?</div><br /><div align="center"></div><br /><div align="center">Pontos de chegada<br /></div><br /><div align="center"></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-34197832671588500472011-07-23T04:22:00.000-07:002011-07-23T04:32:06.193-07:00artur coimbra<div align="justify">depois do seu primeiro livro de poesia com o título "o prisma de poeta", o meu caro amigo dr. artur coimbra, como já se antevisa, para além da sua actividade de historiador, é poeta. a cada passo no seu blog, <a href="http://saladevisitasdominho.blogspot.com/">http://saladevisitasdominho.blogspot.com</a> lá vai publicando um outro texto poético. também é, para além de historiador e poeta, coordenador do boletim cultural da autarquia fafense, e que se chama "dom fafes". director do núcleo de artes e letras de fafe, chegou a publicar, no âmbito desta associação fafense, a revista "perfil", assim como uma outra, "nascentes plurais". registo um poema retirado da "máquina da liberdade":</div><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq_S6es2OCi7DF4bOCQFUQi6DkCQ-_3QPMyKVnw6J8azAZk6V-oW_zFkAltQzhrdV15t_v48BqTnuVYMO7QXfMxdJj3Huw3hl6CsfoBMabkWtXgajQuV1GDnNwMGLIzDMunVsjqfQXEboV/s1600/img467.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 223px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632507088801166242" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq_S6es2OCi7DF4bOCQFUQi6DkCQ-_3QPMyKVnw6J8azAZk6V-oW_zFkAltQzhrdV15t_v48BqTnuVYMO7QXfMxdJj3Huw3hl6CsfoBMabkWtXgajQuV1GDnNwMGLIzDMunVsjqfQXEboV/s320/img467.jpg" /></a><br />depois de amanhã levo a rosa<br />deposito-a em teus lábios ao cair da tarde<br />escrevo com o poema um grito de maio<br />no chegar manso da noite a rosa<br />levada ao calor da boca<br /><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim_YTmpMwaAcfuramZZVQnLsfL_Hls7CWrukLKqIMWwDDqn3oehuCbOHN4szUf7A_kD6-1pcb93XztloOSVBO8r7gLBIg_0YUfIEPSm2rS9QiRTOLY2fgjWZuQ0UTi1FR4fK6YYC874SAZ/s1600/img466.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 214px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632507018898605266" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEim_YTmpMwaAcfuramZZVQnLsfL_Hls7CWrukLKqIMWwDDqn3oehuCbOHN4szUf7A_kD6-1pcb93XztloOSVBO8r7gLBIg_0YUfIEPSm2rS9QiRTOLY2fgjWZuQ0UTi1FR4fK6YYC874SAZ/s320/img466.jpg" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK-r2zUrei7RCSqTswPVrsDBaq4Xu_xVDTlhDf0i4EeiyEg0wllf-z6bkAXpMGg9h6PwC4_F81eAEktyDi_W17B0O25O1ldmLW5un7utwKB0TOjIAxhDtAM6hnwVTQ6AmClCcsEmNWgUJy/s1600/img465.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 217px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632506939587740082" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgK-r2zUrei7RCSqTswPVrsDBaq4Xu_xVDTlhDf0i4EeiyEg0wllf-z6bkAXpMGg9h6PwC4_F81eAEktyDi_W17B0O25O1ldmLW5un7utwKB0TOjIAxhDtAM6hnwVTQ6AmClCcsEmNWgUJy/s320/img465.jpg" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjusmv0q2bIN73SF3fQnUP0Gw4ZVaGHR-KMYWnVTfvy6s-HnxXI0sS4Le21TFe1_aKImlgpuVqrbN3xU6Bz9jaIantyUdaAHOV09ys0UKtCj8oMqwSWFxcPytwZg-_CQFnTpehWLjdlG1AZ/s1600/img464.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 231px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632506841271634242" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjusmv0q2bIN73SF3fQnUP0Gw4ZVaGHR-KMYWnVTfvy6s-HnxXI0sS4Le21TFe1_aKImlgpuVqrbN3xU6Bz9jaIantyUdaAHOV09ys0UKtCj8oMqwSWFxcPytwZg-_CQFnTpehWLjdlG1AZ/s320/img464.jpg" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div></div></div></div></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-10245826143072139952011-07-23T03:51:00.000-07:002011-07-23T04:15:28.077-07:00artur coimbra e major miguel ferreira<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4QCA8iH0GYfbCsKYKiqB8tNmdLIc7ciWmptUHKF8yHnbHuk6tCRW0kXKqwHa8XD0D44JfJX2JIGcxtfQ3T2M4S0VNj6XR46u-h2Wc2Iy_gIsYjdaYCJ4oyxZ7e5nNw4MdUDPruiWnil8U/s1600/img455.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 222px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632504362174393874" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4QCA8iH0GYfbCsKYKiqB8tNmdLIc7ciWmptUHKF8yHnbHuk6tCRW0kXKqwHa8XD0D44JfJX2JIGcxtfQ3T2M4S0VNj6XR46u-h2Wc2Iy_gIsYjdaYCJ4oyxZ7e5nNw4MdUDPruiWnil8U/s320/img455.jpg" /></a><br /><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwxviyi0nlKSJhukry4VjI-KlbWpa98n6ycA_584pOSj5TV4ibH2KcWiMpM2zrTCPL-uGHYNLA3ulIvEb3cjIp2ns1SgZ1LHvqSf978WQWXiylhh4-0OD92b2K7EjToNTl1wm9latgsAgG/s1600/sess%25C3%25A3o1.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 243px; DISPLAY: block; HEIGHT: 237px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632499542733327762" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwxviyi0nlKSJhukry4VjI-KlbWpa98n6ycA_584pOSj5TV4ibH2KcWiMpM2zrTCPL-uGHYNLA3ulIvEb3cjIp2ns1SgZ1LHvqSf978WQWXiylhh4-0OD92b2K7EjToNTl1wm9latgsAgG/s320/sess%25C3%25A3o1.JPG" /></a>ontem, na biblioteca municipal de fafe, a qual, logo na entrada, dá destaque num painel a florbela espanca e ao seu poema "ser poeta", foi apresentado o livro do dr. artur coimbra "major miguel ferreira: uma lição de liberdade", a sua segunda edição. abriu a sessão o sr. vereador da cultural da câmara municipal de fafe, que salientou, entre as várias actividades da autarquia fafense no âmbito do centenário da implantação da república em portugal, a publicação das notícias facsimiladas da época da república em fafe com o título "fafe 1910". o meu caro amigo dr. artur coimbra, para além de ter apresentado uma perspectiva biográfica do major miguel ferreira, fafense por afectividade, entre o militar e a sua intervenção política enquanto republicano convicto, focou a grande diferença do livro que era apresentado relativamente à sua 1.ª edição, e que dizia respeito ao período da república.<br /></div><br /><br /><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWdmgIEOdNKGV8FmmvZvKn5RbXmPTf2URfYzk8aGxwuAtCNLhPm_NGGsFliltK-nx5bHc-SaTqokJoUbMrV7bjOn2n6GXm6QY5UR3hywiVbcurOyXh5_x4LtG3oc6p0sNCTTUdHyI1o_p6/s1600/sess%25C3%25A3o2.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 125px; DISPLAY: block; HEIGHT: 138px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632499466676509474" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWdmgIEOdNKGV8FmmvZvKn5RbXmPTf2URfYzk8aGxwuAtCNLhPm_NGGsFliltK-nx5bHc-SaTqokJoUbMrV7bjOn2n6GXm6QY5UR3hywiVbcurOyXh5_x4LtG3oc6p0sNCTTUdHyI1o_p6/s320/sess%25C3%25A3o2.JPG" /></a><br />o dr. artur sá da costa salientou a objectividade científica do historiador artur coimbra, ramificando a historiografia fafense com a do país. salientou do major miguel ferreira a "integridade moral e a coerência política" contra "o chico espertismo" de hoje, salientando a personalidade do major miguel ferreira como sendo o símbolo da conviência democrática. relativamente ao dr. artur coimbra, o dr. artur sá da costa focou a cumplicidade deste ao longo dos anos com as actividades culturais do município famalicense, integrando-se, ao mesmo tempo, na actividade cultural fafense. a investigação histórica, no caso do dr. artur coimbra, para a renovação da historiografia local no seu contexto nacional, na abordagem de novas temáticas e nas relações entre o poder local e as universidades, assim como a implementação de novos equipamentos culturais, são, nada mais nada menos, do que conquistas do poder local. o mesmo aconteceu em fafe. de seguida, o dr. artur sá da costa, realizou uma análise das relações do major miguel ferreira com os oposicionistas democráticos de braga, os quais, de influência marxista, rompiam, entretanto, com os velhos republicanos, mas admirando sempre o major miguel ferreira. aliás, citando lino lima, o major miguel ferreira possuía a "qualidade e a coragem, um compromisso que admirávamos." terminou com o repto de nos 40 anos das comemorações de abril se realizar a homenagem aos democratas de braga e, na sua convergência, com os republicanos, e com todos aqueles que se mantiveram fiéis aos seus princípios em louvor da democracia, num congresso que reúne vários munícipios, os museus e as universidades.<br /><br /><br /><div><br /><div><br /><div><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBaGojG_PXHje2jTLcH6L0dJu95VKiN-bNw1GGxLnno6fjiSjGV7wyY-SBoRkbDWJmwwFSgjlO6KEkw3Qqv3nXxPhk9Oefdz04RKrB-b91fnMFgtFYrdnj4wz3PusnKba5S_Ge0fsOJF4_/s1600/sess%25C3%25A3o3.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 156px; DISPLAY: block; HEIGHT: 228px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632498884973356562" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBaGojG_PXHje2jTLcH6L0dJu95VKiN-bNw1GGxLnno6fjiSjGV7wyY-SBoRkbDWJmwwFSgjlO6KEkw3Qqv3nXxPhk9Oefdz04RKrB-b91fnMFgtFYrdnj4wz3PusnKba5S_Ge0fsOJF4_/s320/sess%25C3%25A3o3.JPG" /></a><br /><br /><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHszuan2RqoCxB1QM999HnL2pez37dnT3NLQLIHl21lWL0qowhGM7QI-rOBeAm-MOfeVEn5gDqoljTOXxpusgxIA6DYljBezidiBEVvS32zqY02-pbuakDi8hFOKwbqC3wfDMW1nBZCb_W/s1600/publico.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5632498797783791010" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHszuan2RqoCxB1QM999HnL2pez37dnT3NLQLIHl21lWL0qowhGM7QI-rOBeAm-MOfeVEn5gDqoljTOXxpusgxIA6DYljBezidiBEVvS32zqY02-pbuakDi8hFOKwbqC3wfDMW1nBZCb_W/s320/publico.JPG" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><div></div></div></div></div></div></div></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-7159734472219861622011-07-21T11:00:00.001-07:002011-07-21T11:22:58.484-07:00major miguel ferreira<div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi88hZhBt_MWn7zJXFNfnuPDZNsHPNSefHGBEEUL-P1-2IJBqyc5fhToMx6Tp4O_lpYitWrTqGl8dQyV5l03NFxArITsLU7LB75VuZmkACRoc4aeFRVYPBwCcE9nsZNQem_gMcNVHgv9bx2/s1600/P7200005.JPG"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; DISPLAY: block; HEIGHT: 240px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5631867133794447778" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi88hZhBt_MWn7zJXFNfnuPDZNsHPNSefHGBEEUL-P1-2IJBqyc5fhToMx6Tp4O_lpYitWrTqGl8dQyV5l03NFxArITsLU7LB75VuZmkACRoc4aeFRVYPBwCcE9nsZNQem_gMcNVHgv9bx2/s320/P7200005.JPG" /></a> dr. artur sá da costa e dr. artur coimbra</div><br /><br /><br /><br /><div align="justify">ontem, o meu caro amigo dr. artur coimbra, de fafe, teve a amabilidade de vir até famalicão e de me oferecer pessoalmente, assim como ao dr. sá da costa, o seu último livro, com o título "major miguel ferreira: uma lição de liberdade". o livro, que já vai na sua 2.ª edição, terá amanhã a sua apresentação pública na biblioteca municipal de fafe, pelas 21h30, a cargo do dr. sá da costa. pois lá estarei também para o abraço fraternal de amizade que a cultura nos uniu, e já lá vão muitos anos.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><br /><br /><div align="center"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzXgOB6n_QXIMnTT4Z7WZgq7xIhJ5ZAett3nY3mA6NHj9XxBRN4kTsgMpjdYM5XeEWC_Q3tNYIrbDciCNlxIVlTE_b3OhmkKLz_AAwgzGaj2iFcKp1BdxP_NPoYqJrlrNAAfj5SA9E2TeC/s1600/img455.jpg"><img style="TEXT-ALIGN: center; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 222px; DISPLAY: block; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5631867056014333474" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzXgOB6n_QXIMnTT4Z7WZgq7xIhJ5ZAett3nY3mA6NHj9XxBRN4kTsgMpjdYM5XeEWC_Q3tNYIrbDciCNlxIVlTE_b3OhmkKLz_AAwgzGaj2iFcKp1BdxP_NPoYqJrlrNAAfj5SA9E2TeC/s320/img455.jpg" /></a><br /><br />I - Mais político que militar</div><br /><br /><div align="center">II - Activista político na 1.ª República</div><br /><br /><div align="center">Vereador ´da Câmara de Fafe</div><br /><br /><div align="center">Deputado às Constituintes de 1911</div><br /><br /><div align="center">Combatente na 1.ª Grande Guerra Mundial</div><br /><br /><div align="center">Governador Civil de Braga</div><br /><br /><div align="center">III - Após o 28 de Maio, o exílio</div><br /><br /><div align="center">IV - O resistente a Salazar</div><br /><br /><div align="center">Aos Portugueses</div><br /><br /><div align="center">V - Homenagem em Braga aos 80 anos (1958)</div><br /><br /><div align="center">VI - A morte, com a PIDE a vigiar</div><br /><br /><div align="center">VII - Miguel Ferreira na toponímia de Fafe</div><br /><br /><div align="center">VIII - Depoimentos</div><br /><br /><br /><div align="justify">"16 anos após a primeira edição, honramo-nos reeditar esta obra marcante de simbolismo, Miguel Ferreira - Uma Lição de Liberdade". / A oportunidade não poderia ser mais adequada: estamos em plena comemoração do centenário das Constituintes de 1911, que legaram ao país a primeira Constituição saída da Revolução de 5 de Outubrto de 1910. De igual forma, passou há pouco o cinquentenário do falecimento (1961) desta personalidade maior da história recente desta terra e do próprio país."</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="right">Artur Coimbra </div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-50202982391410032592011-07-20T05:13:00.000-07:002011-07-20T05:57:59.120-07:00pascoaes e espanha<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi76bmQ4CBbXlJVREWyZg6qqoZ6Ob_lkYMY-5NvvN_z6xcCbppfGWqOFHXoJEeZCQvYwKzGeWYRGc55dLyO1GsZ-kl5kEhyphenhyphenQvPV6pzF1A-rsaB5i0DAlQQsJGb9DNyvKl5R5PptK1ne6FdR/s1600/epistol%25C3%25A1rio.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5631406827302020082" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 222px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi76bmQ4CBbXlJVREWyZg6qqoZ6Ob_lkYMY-5NvvN_z6xcCbppfGWqOFHXoJEeZCQvYwKzGeWYRGc55dLyO1GsZ-kl5kEhyphenhyphenQvPV6pzF1A-rsaB5i0DAlQQsJGb9DNyvKl5R5PptK1ne6FdR/s320/epistol%25C3%25A1rio.jpg" border="0" /></a> "Sabíamos que Pascoaes tinha viajado por espanha e que tinha amigos espanhóis, mas não imaginávamos a extensão deste volumoso epistolário. São várias dezenas os interlocutores, uma boa parte dos intelectuais espanhóis da época, com o resultado de mais de trezentas cartas (entre o mais nutrido elenco contam-se as cinquenta e quatro de Maristany e as dezanove de Unamuno) ao longo de quase meio século de correspondência. Começam cronologicamente em 1905 com as cartas de Unamuno, e pensamos que foi este quem o introduziu no círculo de amizade dos outros espanhóis. / Até 1913 não conhecemos o segundo interlocutor, um destacadíssimo iberista catalão, Ribera i Rovira. Depois, ininterruptamente até 1952, vão aparecendo mais e mais interlocutores, mais de setenta. É meio século de correspondência, na qual se destacam os intelectuais da periferia, galegos e catelães, como uma temática bastante monocórdica: nacionalismo, saudade-anyorança, paisagem, união cultural, atlantismo com a Galiza. Por outro lado, com a cortesia mais requintada impera o vaidoso interesse de ver publicadas, traduzidas ou comentadas as obras respectivas (quando é o caso). Um aspecto que subjaz a esta correspondência é a profunda admiração e respeito de todos os interlocutores que conheceram Teixeira de Pascoaes, destacando-se aqueles que o visitaram em Amarante (é o caso de Unamuno e Eugenio D`Ors, por exemplo). / Há nomes importantes entre os seus interlocutores: Unamuno, D`Ors, Ribera i Rovira, Noriega Varela, Díez-Canedo, Eugenio Montes, Cases-Carbó... (para não mencionar já Garcia Lorca ou Leopoldo Panero, ainda que minimamente representados neste epistolário."</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="right">Ángel Marcos de Dios</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">"Nós reproduzimos todas as cartas dos intelectuais galegos, mesmo que já tinham sido publicadas. No entanto, são cerca de duzentas cartas, de muitos outros intelectuais espanhóis ilustres, com sabor a inédito, e são também muitos os poemas que procurámos divulgar neste nosso volume. Estamos certos de que, ao fazê-lo, não só homenageamos o nosso autor como todos aqueles que, movidos pelo anseio de uma união espiritual ibérica, se dedicaram ao estudo e conhecimento da Literatura e Cultura portuguesas, permitindo, desta forma, não só uma maior aproximação cultural e fraterna entre Portugal e Espanha, como uma maior projecção do valor literário e humano do poeta Teixira de Pascoaes."</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="right">Lurdes Cameirão<br /></div><br /><div align="justify"></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-43337478941571789882011-07-19T05:24:00.000-07:002011-07-19T06:07:27.121-07:00pascoaes em espanha<div align="justify">já aqui se fez referência a um outro iberismo, o iberismo da reforma educacional de ambos os países, de espanha e de portugal, pelas ideias de francisco giner de los rios e de bernardino machado. aqui destaco a federação espiritual ibérica na óptica de pascoaes. aliás, ángel marcos de dios destaca três tipos de iberismo: o primeiro pretendia englobar os dois países de forma a construírem um só, debaixo da mesma coroa; o segundo, baseando-se numa federação ibérica, a qual advoga a união depois de destruir o centralismo castelhano, sendo defendido tanto por portugueses como espanhóis. da parte dos portugueses temos antero, teófilo, filipe nogueira, malgalhães lima; da parte dos espanhóis, ribera i rovira, nido y segalerva, vicente gay e cases-carbó. oliveira martins encontra-se ligado ao federalismo ibérico, mas numa perspectiva que tem que ver com a unidade de pensamento e de acção, mas independência política. martins é apresentado como o mentor das ideias iberistas, quer por parte dos espanhóis, quer por parte dos portugueses. no terceiro caso, surge o iberismo espiritual, que solicita um entendimento e uma acção espiritual comum. neste último, marcos dias inclui, por parte dos portugueses, antónio sardinha, moniz barreto, teixeira de pascoaes e vitorino nemésio, e, por parte dos espanhóis, miguel de unamuno, joan maragall, ángel ganivet, ramiro de maeztu, calvo sotelo e marqués de quintanar. o "iberismo" educacional de giner de los rios e bernardino machado é bem diferente de todos estes iberismos, ficando fora dos três iberismos apontado por marcos de dios.</div><br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOjypMIiChixIkWFu46N7mztk8i-xCAR2OrYGkTUCeMewXT8ZqWGM8REP7MwjKF1SMxQGEJxjJq96qObXiIWlOO4AycJ4VgLV6ZkJzVmJWVI5PnlJwf2F3gMuD4QSedcAKF6zKts-xvBlh/s1600/pascoaes+e+espanha.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5631038361916819042" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 205px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgOjypMIiChixIkWFu46N7mztk8i-xCAR2OrYGkTUCeMewXT8ZqWGM8REP7MwjKF1SMxQGEJxjJq96qObXiIWlOO4AycJ4VgLV6ZkJzVmJWVI5PnlJwf2F3gMuD4QSedcAKF6zKts-xvBlh/s320/pascoaes+e+espanha.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><div align="justify">"O trabalho é constituído por três partes. Na primeira, pretendemos destacar algumas atitudes ideológicas e culturais, sobretudo as que ocorreram nos últimos anos do séc. XIX e princípios do séc. XX, procurando, desta forma, não só uma justificação para o problema do afastamento que tanto parecia preocupar os intelectuais de ambos os países, como também para uma melhor compreensão de alguns dos ideais estéticos-doutrinários que enformam o pensamento da «Geração de 70» portuguesa, e da «Geração de 98» espanhola, fruto de todo um ambiente e clima social, político e literário em que os escritores destas gerações se moviam. [...] A segunda parte do trabalho procurará traçar e distinguir os pontos principais do iberismo do poeta luso, através do seu universo poético. Este merecerá a nossa especial atenção e será possível duma análise textual que nos permitirá destacar mitos e símbolos relacionados com o seu conceito de ideal ibérico e com o seu profundo humanismo. / [...] A terceira parte, tendo como fulcro o epistolário ibérico de Pascoaes, incidirá sobre o olhar crítico de espanha face à sua obra e ao seu pensamento: o fascínio que ele despertou nos meiso cultos do país vizinho; a correspondência trocada com galegos, catalães e, principalmente, com Unamuno, de cujos ideais ibéricos se fez arauto, enobrecendo-os com a sua preclaríssima visão."(18-20)</div><br /><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><br /><div align="center"><strong>I - Iberismos e Idealismos</strong></div><br /><br /><br /><div align="center">Alguns aspectos do Iberismo dos finais do século XIX, princípios do século XX.</div><br /><br /><br /><div align="center">A «Geração de 70» portuguesa e a «Geração de 98» espanhola: suas afinidades.</div><br /><br /><br /><div align="center">O neogarretismo, o mito sebástico e o Saudosismo.</div><br /><br /><br /><div align="center">Aproximação ao pensamento de Pascoaes.</div><br /><br /><br /><div align="center">A Saudades sentimento da raça lusíada, em Teixeira de Pascoaes.</div><br /><br /><br /><div align="center">Teixeira de Pascoaes. A «Renascença Portuguesa». <em>A Águia</em>: reacções críticas.</div><br /><br /><br /><div align="center"></div><br /><br /><br /><div align="center"><strong>II - O Iberismo na Obra de Teixeira de Pascoaes.</strong></div><br /><br /><br /><div align="center">A palavra poética e o ideário ibérico de Pascoaes.</div><br /><br /><br /><div align="center">A expressão do sentimento rácico e do exaltado patriotismo nacional e peninsular em Pascoaes.</div><br /><br /><br /><div align="center">A literatura peninsular: os mitos, os arquétipos e os símbolos na via do iberismo espiritual.</div><br /><br /><br /><div align="center">A revelação da paisagem e da alma dos povos ibéricos.</div><br /><br /><br /><div align="center"></div><br /><br /><br /><div align="center"><strong>III - A recepção de Pascoaes em Espanha e o seu epistolário ibérico</strong></div><br /><br /><br /><div align="center">Pascoaes e a geração galega de <em>Nós.</em></div><br /><br /><br /><div align="center">Pascoaes e os interlocutores da Catalunha.</div><br /><br /><br /><div align="center">Pascoaes e Unamuno: obreiros da Ibéria «celestial»</div><br /><br /><br /><div align="center"><em>As Sombras</em>, o <em>São Paulo</em> e a crítica: Unamuno e o despontar de uma projecção peninsular, europeia e hispano-americana.</div><br /><br /><br /><div align="center">Fernando Maristany e o seu contributo na projecção do pensamento e obra de Pascoaes.</div><br /><br /><br /><div align="center">Francisco Luis Bernárdez e António Noriega Varela: dois discípulos e amigos do poeta de Amarante.</div><br /><br /><br /><div align="center">Valentín de Pedro<em>: o tradutor de</em> <em>Terra Proíbida</em>.</div><br /><br /><br /><div align="center">A tradução, em espanhol, do <em>Regresso ao Paraíso</em>, e a internacionalização do nome de Teixeira de Pascoaes.</div><br /><br /><br /><div align="center">Outras manifestações de fraterna admiração dos intelectuais espanhóis por Pascoaes.</div><br /><br /><br /><div align="center"></div><br /><br /><br /><div align="center"></div>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-479055240825996832.post-83718289805357144702011-07-18T05:40:00.000-07:002011-07-18T06:18:44.467-07:00camilo e o porto iii<div align="justify">Que é o Porto? / Não deparei ainda com esta pergunta filosófica e de rigorosa necessidade no formigueiro de crónicas e revistas, que ressaltam, <em>luxuriosas de vida e esperanças</em> dos tipos para os botequins. / Que é um caixeiro sem uma luva amarela? / O que é uma revista sem uma definição do Porto? Nada! - Um trabalho sem lucro; uma obra caduca, efémerae morredoira - uma incoerência literária e artística, uma pobreza de génio, uma desarmonia. / Então: que é o Porto?</div><br /><p align="left"><br /></p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigeF4xy5C8RKvbAjXrdJ7oZWSTcsTkKAlfrAUHFsHH06rjFJ4XPhVdH1OhT5NNS89SGFYSF-Q4uJLE5xq4JtmjinvCZ-4wLXeheWusRV87iqBJhXZAky84AsvQ1aNMUXX1RH_HIATjCJ6T/s1600/6.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5630671882584480786" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 208px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigeF4xy5C8RKvbAjXrdJ7oZWSTcsTkKAlfrAUHFsHH06rjFJ4XPhVdH1OhT5NNS89SGFYSF-Q4uJLE5xq4JtmjinvCZ-4wLXeheWusRV87iqBJhXZAky84AsvQ1aNMUXX1RH_HIATjCJ6T/s320/6.jpg" border="0" /></a><br /><br /><br /><div align="justify">O Porto é a tábua da lei das quatro operações aritméticas. É uma grande tabuada levada ao infinito da multiplicação das casas. É o <em>dois e dois são quatro</em>, convertido no balcão do probo e <em>honradíssimo</em> bacalhoeiro de <em>miríades </em>de caras todas típicas, idênticas e como o total de côvados aferidos e carimbados no Município da cidade da Virgem. É o carroção de <em>Manuel José de Oliveira</em>. É a companhia do <em>Alba-Cosido</em>, com o sr. Galliani e a sr.ª Gambardella e os despeitados da sr.ª Gambardella. É o teatro de Camões com o seu <em>Zacarias</em>, o avarento. É uma sr.ª de distinção vinculando a ária do <em>Átila</em> à sua laringe, aliás preciocíssima. É o administrador do concelho prendendo e enviando para o Carmo dois... o quê?... dois senhores que pateavam um cantor. É o <em>Braz Tisana </em>do<em> Pobres</em>. É a <em>Maria, não me mates que sou tua mãe</em>. É a <em>Cantiga do passarinho</em> e o <em>Testamento do galo</em> a gemer pela vigésima vez nos prelos incansáveis. É a cozinha dos herdeiros do <em>chapelinho</em> a crepitar de sardinhas fritas, toda ela uma alface, e tudo isso para honestíssimas famílias do <em>gordo</em> e sério mercador de fígados do Algarve, vassouras e abanos, que leva ao domingo de tarde a muito copiosa e enfezada prole a espairecer fora da cidade. É a matrona, casada defresco,que vai ao teatro de mantilha, que a depõe ao baixar do pano para, em completa harmonia conjuugal, devorar o nédio coixão de carneiro, fumegando odorífero açafrão dentre o pulento bojo duma caçarola de arroz de formo. É o riso escancarado duma plateia inocente que palmeia alegre um equívocoimundo das <em>Luvas Amarelas</em>. O Porto é tudo isto, e ainda mais. / ... Aqui tudo o que não for isto, é alvo de sátira traiçoeira, suja e mal-amanhada; e, se tem a franqueza de prestar consideração a esta estupidez orgulhosa, é posto à irrisão dos linheiros e dos pregueiros e dos outros todos que passaram do soco de Guimarães e da jaqueta de ganga para o casaco de veludilho e chinela de ourelos. / ... Tudo isto é verdade.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE98HVQkQWvR9JjXkYwAra9jctIbXM97juD6fEf5l4zMhWyoT3W3gPFmey4Wlxq8qSMU77kybF7uWxIMtWENS8D94gqgc3csHQr2IXiT_eJRk0V2_PHQ09E7FbsFJ_5nHi597hBF6tTwF-/s1600/3.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5630671677095672354" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 208px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjE98HVQkQWvR9JjXkYwAra9jctIbXM97juD6fEf5l4zMhWyoT3W3gPFmey4Wlxq8qSMU77kybF7uWxIMtWENS8D94gqgc3csHQr2IXiT_eJRk0V2_PHQ09E7FbsFJ_5nHi597hBF6tTwF-/s320/3.jpg" border="0" /></a><br /><br />E é por isto mesmo que o Porto, espremido desde o vasto estabelecimento de <em>Simão Duarte de Oliveira</em> até ao tabuleiro de lumes pronto de reportórios do garoto da <em>Porta de Carros</em>, não transpira uma revista. Nos bailes está a filha do burguês, tipo degenrado de espadaúda minhota a fingir-se compleição nervosa e estremecida. No teatro é a mesma mulher, sempre deslocada, artificial e sonolenta. Na missa dos Congregados é a beata que pretende alinhar-se com um <em>relicário Angélico</em> meditado, decorado e repetido em casa pela mãe com várias explicações ricas de erudição das <em>Horas Marianas</em>. / A mulher do Porto, por consequência, vive só do seu vestido, do seu bracelete e do seu chapelinho de sol vermelho com grandes franjas amarelas. Groseeiramente requestada com cartas do estilo <em>sirva-se vmc. entregar por esta minha ordem</em>, a mulher daqui ignora rudemente as subtilezas do ideal, as preguiças amorosas que - diga-se aqui a própria verdade - são e serão sempre a douradoura das afeições. Aqui namora-se para casar: casa-se para ter filhos, que <em>ordinariamente</em> são as caras dos pais. Benza-os Deus!</div><br /><br /><div align="justify"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVuXhPZn7kw1aPt27vqt3ORoumgWwqoBQwWrvRc6NkJFMthNHUx0GvoXMYTnf5NDerl_bVNgBBn6IhixzLnqEwEvTmrdv6OUblgC5wKdokzMaRpTOjeM1Ads2QYITFq4XCJsrz1-XkzaT1/s1600/2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5630671448766707074" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 208px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVuXhPZn7kw1aPt27vqt3ORoumgWwqoBQwWrvRc6NkJFMthNHUx0GvoXMYTnf5NDerl_bVNgBBn6IhixzLnqEwEvTmrdv6OUblgC5wKdokzMaRpTOjeM1Ads2QYITFq4XCJsrz1-XkzaT1/s320/2.jpg" border="0" /> <br /><p align="justify"></a>De vez em quando, aparece uma cabeça de fogo a querer sevar-se de chamas no meio deste glacial reservatório das cabeças de pedra. Homens que não estudam o valor específico desta sociedade portuense metem-se a tratá-la com o coração viçoso e anelante: morrem na alma ou matam-se no corpo. É por isso que na semana passada um homem desespera dos recursos íntimos da coragem, não pode esquecer a mulher que o enganam não pode mesmo perdoar-lhe - e, para memória eterna de vingança de homem, rasga a artéria radial, derrama sangue até às agonias da morte, e vai morrer silencioso como o <em>Chatterton</em>, quando a mão do acaso, identificada à mão dum médico, lhe estanca o resto do sangue, e o salva dum suicídio de <em>Séneca </em>inimigo de semicúpios. / A sociedade está assim encaminhada. Honrosas excepções - homens incapazes de magoar um calo por causa do abandono da mulher, eu vos saúdo, como a tais patuscos se deve!<br /><br /><br />Camilo, <em>O Nacional</em> (25 Fev. 1850)<br /><br /></p>Amadeu Gonçalveshttp://www.blogger.com/profile/00540849918135494434noreply@blogger.com0