sexta-feira, 18 de junho de 2010

escritas saramaguianas - II

Continuo com a minha homenagem ao escritor Saramago. O que aqui apresento são excertos de trabalhos inéditos que ainda possuo. Um tem a curiosidade de ter sido feito de propósito com a vinda de Saramago a Famalicão, em Fevereiro de 1999, no qual teve a amabilidade de colocar a lembrança da sua visita a Vila Nova. Aliás, nessa altura, cheguei a oferecer-lhe um. Aqui, neste caso, só me resta agradecer ao prof. Ivo Machado a amabilidade da caricatura e a permissão para a colocar neste meu blog. Possivelmente, devo ser um caso único, pelo menos no que diz respeito a um trabalho inédito com dedicatória de Saramago! Nos livros, e eles abundam cá pela minha biblioteca, só um é quem tem dedicatória, o "Evangelho". Este mesmo trabalho será, precisamente, a base para um outro, com o mesmo título, acrescentando apenas o "obscuro", e realizado na disciplina de Filosofia e Cultura em Portugal, na Faculdade de Filosofia de Braga, regida pelo Prof. Dr. José Gama, no âmbito da licenciatura de Filosofia, Via Científica. Foi um prazer enorme ter realizado esse trabalho, senão mesmo ambos! Amanhã irão existir mais novidades.










































escritas saramaguianas - I




Amadeu Gonçalves - "Saramago por caminhos de Vila Nova"In Opinião Pública. Vila Nova de Famalicão (26 Fev. 1999), p. 22

saramago, a minha homenagem

do sapo, atenciosamente



De um momento para o outro, eis que chega a notícia do falecimento de José Saramago! Os comentários depreciativos são gritantes e garantidos: entre aqueles que dizem, Ainda bem que foi, só dizia asneiras, foi o melhor que lhe podia acontecer, enfim, ou então, quando fui tomar café, o jovem que me atendia dizia, Só me deu trabalho, tive que o estudar no 12.º ano, e eu, E então Camilo?, Esse não! Para o bem e para o mal, Saramago ficará na história da literatura portuguesa não só como tendo sido o único português a ganhar o Nobel da Literatura (1998), como igualmente foi um dos escritores que renovou a linguagem ficcional (algumas das páginas mais belas da literatura portuguesa contenporânea, quer se queira, quer não, pertencem-lhe) e teve sempre a vantagem de proporcionar amplos debates morais (nem sempre bem conseguidos de parte a parte) na sociedade portuguesa e não só (apesar de, no plano internacional, algumas declarações terem sido estranhas...) e imprimiu à palavra ficcional um horizonte poético da realidade nunca antes visto (e raros são os escritores que o conseguem atingir). Mas o mais curioso é que ainda de manhã, ao tomar café com um amigo, lhe iria perguntar se aqui há uns anos lhe tinha emprestado "Manual de Pintura e Caligrafia", e depois, mais conversa e menos conversa, a questão desapareceu... Mas Saramago terá os seus leitores edificantes de sempre e aqueles leitores que comentam a sua obra e que dizem que ainda não leram... Logo, e durante o fim-de-semana, Saramago terá aqui a minha homenagem, desde alguns extractos de um trabalho ainda inédito dos tempos da Faculdade, no âmbito da disciplina Filosofia e Cultura Portuguesa, baseado nos meus quatro livros preferidos - "Manual", "Evangelho", "História do Cerco de Lisboa" e "O Ano da Morte de Ricardo Reis" -, os livros que tenho e alguns recortes de imprensa, desde caricaturas e as mais variadas notícias e textos sobre saramago que ao longo dos anos foram aparecendo. Nesta altura, já está a conversar com Camilo, que o considerava um dos seus mestres...

Retiro esta imagem do SAPO, com o devido respeito.