domingo, 7 de novembro de 2010

uma leitura de aristóteles

É sempre difícil aconselhar uma leitura de um livro de Aristóteles, perante filósofo tão prolífero, rico e polémico. Nos tempos de hoje, e pela reinvenção da ética das virtudes, imprimida por Alasdair MacIntyer, recomendo a leitura da "Ética a Nicómaco", a qual será, de certeza absoluta, rica e apaixonante. Rica e apaixonante pelos temas que a leitura proporciona, os quais podem ser perfeitamente aplicáveis à realidade contemporânea, nomeadamente a questão e a problemática da felicidade, a qual, para Aristóteles, se encontra principalmente na contemplação, daí derivando a sabedoria, e, por outro lado, a felicidade só se atingirá no fim da vida, perante os actos e os seus fins ao longo da mesma; ou o caso da excelência ética, a questão do prazer e da amizade.





da minha biblioteca aristóteles




































aristóteles e a filosofia

... a filosofia é uma certa sabedoria, ou seja, um raciocínio proveniente da sabedoria
Aristóteles, Convite à Filosofia
" ... diremos que é prazerosa a vida cuja presença é prazerosa para aqueles que a possuem, e que vivem prazerosamente, não para todos aos quais há [simples] coincidência entre viver e gozar, mas sim para aqueles aos quais o próprio fato de viver é prazeroso e que gozam do prazer da vida. / É essa a razão pela qual atribuímos a vida ao indivíduo acordado em ves de àquele que está dormindo, e àquele que exerce a sabedoria em vez de àquele que dela é desprovido, já que também afirmamos que o prazer da vida é o prazer engendrado pelo uso da alma, pois é essa a verdadeira vida. / Por conseguinte, se há vários usos da alma, o mais soberano de todos é con certeza exercer a sabedoria o máximo possível. Portanto, está claro que o prazer engendrado pelo exercício da sabedoria e da contemplação é necessariamente, só ou a título principal, aquele que decorre da vida. Assim sendo, é só ou sobretudo aos filósofos que cabe viver prazerosamente e regozijar-se verdadeiramente. Na realidadea operação das intelecções mais verdadeiras, aquela que se nutre dos seres mais reais e que consrva sempre de modo permanente a perfeição recebida [de tais seres], é, de todas [as operações], a mais eficaz em relação à alegria. / E, caso seja preciso não apenas raciocinar a partir das partes da felicidade, mas também voltar a subir mais alto e estabelecer a mesma conclusão a partir da integridade dessa felicidade, digamos tão explicitamente que, da mesma forma que o ato de filosofar está relacionado com a felicidade, está também relacionado com o fato de que temos disposições sérias ou defeitos. Pois todas as coisas devem ser escolhidas pelo conjunto dos homens, umas porque levam à felicidade, outras porque são dela decorrentes; e, entre as coisas que nos fazem felizes, algumas são necessárias ao passo que outras, prazerosas. / Colocamos, portanto, como princípio que a felicidade é a sabedoria e uma espécie de saber, ou bem a virtude, ou ainda a maior alegria, ou até mesmo isso tudo junto." (Aristóteles, Convite à Filosofia).

epistemologia, metafísica e ontologia

"Um filósofo é um corpo que produz filosofia e o professor um corpo que a transmite."
Manuel Garrido

AJDUKIEWICZ, Kazimierz - Introduccion a la Filosofia: epistemología e metafísica. 3.ª ed. Trad. Alina Dlugobaska; Nota prel. Manuel Garrido. Madrid: Ediciones Catedra, 1994. (Teorema).


I
Teoria do Conhecimento
  • I.I - Os Problemas Clássicos da Teoria do Conhecimento
  • I.I.I - O Problema da Verdade
  • I.I.II - O Problema da Origem do Conhecimento
  • I.I.III - O Problema dos Limites do Conhecimento
  • I.I.IV - A Relação da Teoria do Conhecimento com outras Ciências Filosóficas
II
Metafísica
  • II.I - A Origem do Termo «Metafísica» e a Divisão dos Problemas
  • II.II - Ontologia
  • II.III - As Inferências Metafísicas a partir das Reflexões sobre o Conhecimento
  • II.IV - Os Problemas Metafísicos Originados pelas Investigações da Natureza
  • II.V - Os Problemas Metafísicos Originados pela Religião