quarta-feira, 27 de outubro de 2010

eugen drewermann



  • "A melhor maneira de "demonstrar" ou de "louvar" a Deus na sua grandeza não é elevando a sua actividade ao plano duma excepção sobrenatural, ou rebaixando-a a um processo de preencher as lacunas dos nossos conhecimentos científicos; Deus actua dentro da natureza e através dela, e quan to mais procurarmos compreender as bases e as leis da sua criação, longe de nos afastarmos dele, mais dele nos aproximarmos; são elas, essas bases e essas leis, que nos permitem ao menos fazer uma ideia da sua grandeza e da sua sabedoria." (27)






  • "Precisamos de acreditar na imortalidade dos animais, pelo menos como ideia reguladora da nossa razão prática, para justificar uma ética que considere devidamente os seres que são criaturas como nós. Não devemos "salvar" os animais, mas temos o dever de os deixar em paz na medida do possível." (37)


  • "... o maior risco que um ser humano pode correr é o de ver a sua capacidade de amar anulada pelo medo ou a misantropia." (12)
  • "... o amor é o último presente que nos chega dos tempos paradisíacos, o único lugar onde ainda conseguimos entrever o que Deus pretendia que fossemos e a forma como desejava ver as nossas vidas. " (13)







simone weill (1909-1943)



  • "Também eu sou diferente / daquilo que imagino ser. / Saber isto, / é perdoar." (16)
  • "Aceitar em si mesmo um vazio, / é sobrenatural." (18)
  • "É preciso ficar um tempo / sem recompensa, / natural ou sobrenatural." (18)
  • "Amar a verdade / significa suportar o vazio, / e por conseguinte aceitar a morte. / A verdade / está ao lado da morte." (19)
  • "O amor não é consolação, / é luz." (22)




Revolucionária e santa (canonizada por João Paulo II), filósofa (aluna de Husserl) e poeta, este livro de Weill foi-me oferecido pelo Dr. Manuel Simões, que seleccionou e traduziu as poesias que então publicou na colecção por ele dirigida e que se chamava, e se chama, "Deus Escondido". Como era hábito, oferecia-me sempre os seus livros com uma dedicatória sempre muito especial. A deste livro encontra-se aqui. E isto está mau. Cheguei a uma conclusão: a biblioteca não está a ser organizada convenientemente, ela organizada está, em três grandes áreas, literatura, filosofia e história, por ordem alfabética, pelo menos hoje não vai seguir a letra "A" - pode ser que mais daqui a pouco e o "A" da literatura. Até porque no livro de Simone Weill apareceram dois recortes de imprensa alusivos ao teólogo Eugen Drewermann e, claro, lá fui há garagem-biblioteca onde está a bancada filosófica para ver o que tinha de Drewermann e não está mal representado. Lá está... Hoje vai ser uma viagem até há filosofia...



  • "Se amarmos a Deus / pensando que Ele não existe, / Ele manifestará a sua existência." (25)
  • "... o ausente / se tornou imaginário..." (26)
  • "Descer em si mesmo, / até onde reside o desejo / que não é imaginário." (26)
  • "Tudo o que há em mim de precioso, / sem excepção, /vem de fora de mim, /não como um dom, mas como um empréstimo / que tem de ser contiunamente renovado." (30)
  • "Morte. / Instante, sem passado nem futuro. / Indispensável / para chegar à eternidade." (35)
  • "O belo é aquilo / que não se pode querer mudar." (51)
  • "Há momentos / em que pensar em Deus nos separa dele." (81)