segunda-feira, 1 de novembro de 2010

da visita da rua da castela

Foi com agrado que reparei que uma das visitas a este blog vinha de um outro, nada mais nada menos, aquele que se chama "Rua da Castela", do poeta, ex-editor e agora antologiador, aliás, desde sempre antologiador, Jorge Reis Sá. Digo, antes de mais nada, que até fiquei lisonjeado por tamanha visita, pela personalidade literária que Jorge Reis Sá representa. Quando escrevi a breve reflexão sobre a actividade literária de V. N. de Famalicão, não estava nos meus planos evidenciar a actividade literária das Edições Quasi, aliás, de relevo no plano nacional e internacional, a qual Jorge Reis Sá evidenciou de uma forma magistral no seu blog em resposta crítica e de acrescento à minha breve reflexão. Agradeço as informações. Acredite, caro Reis Sá, que não desconheço o que enumera. Nem desconheço a sua intensa actividade literária. Tenho. aliás, um dossier, até bem enorme, por sinal, para o seu verbete para o meu projecto já seu conhecido, e que por sinal lá terá a sua indicação respectiva, desta forma "Sá, Jorge Reis, Vila Nova de Famalicão - 1977". Como vê, não ficará esquecido. Peço-lhe desculpa por retirar o ifen... Do provincianismo que tanto fala, apenas poderei dizer que muitos escritores é que acabam por sofrer desse mesmo provincianismo, ou melhor ainda, de um certo umbiguismo que os neo-realistas tanto criticavam aos presencistas, não tirando valor a alguns criadores presencistas. O problema não está propriamente no verso de Ruy Belo - "o tempo é outro tempo nas terras pequenas", a conotação de Belo é outra, do que aquela que Reis Sá pretende dar, é mais uma conotação metafísica, porque quando Belo nos diz que o tempo é outro tempo é porque o tempo é mais belo e mais sedutor, onde o ser humano se encontra consigo mesmo. O problema está, precisamente, no umbiguismo e numa falsa subjectividade estética e literária, sem imaginação. O problema está, indiscutivelmente, na identidade de um passado que em vez de ser prospectivo e criativo rumo ao futuro, essa mesma identidade cai de uma forma irresistível num ensimesmento saudoso. Este é o problema: talvez seja este o provincianismo que Reis Sá fala. Portugal sofre disso mesmo: do que se fez e do que se poderia ter feito. Mas mais daquilo que se fez e do que não se fez, é urgente e necessário ultrapassar essas obscuridades para um futuro mais pleno e humano, mais criativo e menos passadista.
  • P.S. E já me esquecia de referir que as suas Edições Quasi terão um verbete!

st.º agostinho e a felicidade


"Quem procura será, portanto, feliz. Mas quem procura não tem ainda o que quer. E assim o homem que não tem o que quer será feliz..." (61)

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