terça-feira, 30 de novembro de 2010

fernando pessoa


Maria José de Lamcastre - Fernando Pessoa: uma fotobiografia. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Centro de Estudos Pessoanos, 1981, p. 304.

NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer -
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.



Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro,
Tudo é disperso, nada é inteiro.
ó Portugal, hoje és nevoeiro...




Jornal de Notícias, (30 Nov. 2010), p. 49

v. n. de famalicão, cidade do conhecimento

"os dias não param, porque não são amorfos, reconstroiem-se, reinventam-se a si próprios."
O Livro dos Saberes Práticos



Paralelamente aos XIV Encontros de Outono, iniciativa organizada pela Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e pelo Museu Bernardino Machado, dedicados este ano à temática "A I República nos Municípios Portugueses", decorreram os IV Encontros dedicados à figura de Mário Cesariny, poeta e pintor surrealista, organizados pela Fundação Cupertino de Miranda e pelo seu Centro de Estudos do Surrealismo.



Se no caso dos XIV Encontros de Outono de 2010 surgiu o III Tomo da Pedagogia das Obras de Bernardino Machado, já qui neste blog referido, estando ainda patente no Museu com o seu nome a exposição "Bernardino Machado e a I República", na Fundação e através do Centro, a par de outras actividades programáticas, surgiram os Cadernos do Centro de Estudos do Surrealismo, nomeadamente o n.º 9, o livro de Mário Cesariny, a sua reedição, "Corpo Invisível", o de António Cândido Franco "Teixeira de Pascoaes nas palavras do Surrealismo Português", ou a revista intitulada "Relâmpago", com o n.º 26, dedicada a Cesariny. Ora, a Fundação e o Centro tem feito justiça ao seu programa surrealista, na aquisição e na divulgação dos espólios ligados ao movimento surrealista, com dois espólios notáveis: o de Cruzeiro SEixas e o de Mário Cesariny. Desta forma, no Centro de Estudos Camilianos, em Seide, pontificam os espólios de Manuel Simões, Alexandre Cabral, Aníbal Pinto de Castro e, mais recentemente, o escritor Viale Moutinho ofereceu algumas raridades bibliográficas, nomeadamente algumas traduções das obras de Camilo nas mais variadas línguas. Na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco deparamo-nos com os espólios de Armando Bacelar, ligado essencialmente ao neo-realismo, o de Nuno Simões, de índole luso-brasileiro, e, acima de tudo, o de Eduardo Prado Coelho, repartido entre a literatura, a sociologia e a filosofia, não esquecendo, obviamente, o espólio de Vasco de Carvalho para a historiografia famalicense. No Arquivo Municipal o destaque é para o espólio de Alberto Sampaio. O Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, radicado em Calendário, posui vários espólios para a história do têxtil em Famalicão e no Vale do Ave.





Por seu turno, o Museu Bernardino Machado não só possui o espólio do seu patrono, que tem sido doado por familiares, caso de Júlio Machado Vaz, Sofia Peres Machado, Augusto Barros Machado, ou de Manuel Sá Marques, como também possui outros, como é o caso da oposição democrática, aliando-se aqui, neste último, à Biblioteca Municipal, ou o de Alberto Saavedra. Estes espólios não se tornam amorfos, não ficam nas estantes, antes pelo contrário, tornam-se vivos para a comunidade, trazendo investigadores a Famalicão, e, por outro lado, as actividades vão decorrendo nas instituições. Tais actividades não são virtuais, nem surrealistas, nem cadáveres esquisitos, sendo bem reais. Os investigadores têm utilizado as valências culturais que guardam os espólios e/ou acervos documentais das personalidades citadas e as instituições promovem a cidade pela actividade cultural que vão desenvolvendo.. Os dias não param, como prova a visita do secretário de estado da cultura, para o qual o museu do surrealismo será uma âncora não só a nível local como nacional, conforme se pode ver no sítio da autarquia famalicense. Enquanto a criação do Museu do Surrealismo não nos chega, o que interessa salientar é que o surrealismo em V. N. de Famalicão está vivo, e bem vivo, com ou sem museu, no parque da cidade ou não.






segunda-feira, 29 de novembro de 2010

ética

Luís de Araújo, professor catedrático do departamento de filosofia da faculdade de letras da universidade do Porto, já nos tem habituado aos seus estudos sobre a ética perante o sentido prático da existencialidade do humano. Este seu último livro publicado entre nós é um exemplo disso mesmo e, concerteza, que a sua leitura não nos vais desiludir, tal como já aconteceu com "Ética, uma introdução".
"Essa vida humana, que pode ser perspectivada como pensamento lançado na acção, aparece predominantemente como um feixe de questões medularmente axiológicas, ao mesmo tempo ocupada com problemas gnosiológicos, traduz-se num significativo encontro com o mundo, resumido numa constante tarefa de decidir aquilo que cada ser humano vai ser e fazer durante esse tempo precário, contingente e finito da sua duração. Deste confronto entre a consciência e o mundo surge uma complementaridade entre «pensar», «conhecer» e «agir» que constitui, em última análise, a estrutura da vida humana que, em diálogo com as circunstâncias, constrói projectos vitais cuja finalidade é a de atingir a plena experiência da felicidade. Na prossecução deste objectivo, os seres humanos procuram fundamentalmente verdades para a vida, a fim de evitarem que esta permaneça um caos de dúvidas e de insegurança; mas, para a efectivação desses projectos vitais da coerência da autenticidade pessoal, têm de pensar o agir humano, criar linhas de rumo para a acção e encontrar sentido para a existência. / Ora, é a partir desta perspectiva que este livro encontra a sua explicação nuclear. Movido por uma «paixão prática», como diria Benedetto Croce, o autor foi medularmente guiado por um gosto pessoal na análise de uma problemática complexa, com vista a encontrar a autenticidade da existência através de uma permanente luta entre o pessimismo de uma inteligência no limiar céptico e o optimismi de uma vontade em pensar o Homem, buscando afoitamente os máximos argumentos humanos para o frontamento da violência misteriosa do destino."
Luís de Araújo

Armindo Costa: "Capital da Cultura Guimarães 2012 é de importância estratégica para o Vale do Ave" - Portal do Município de Vila Nova de Famalicão - Portugal

Armindo Costa: "Capital da Cultura Guimarães 2012 é de importância estratégica para o Vale do Ave" - Portal do Município de Vila Nova de Famalicão - Portugal

Ideias de Bernardino Machado continuam actuais. Paulo Cunha elogia antigo Presidente da República - Portal do Município de Vila Nova de Famalicão - Portugal

Ideias de Bernardino Machado continuam actuais. Paulo Cunha elogia antigo Presidente da República - Portal do Município de Vila Nova de Famalicão - Portugal

domingo, 28 de novembro de 2010

saramago, citações de entrevistas


afonso costa, a igreja e a sociedade


"A questão social, erguendo-se, ruidosa e lúgubre, em busca de uma solução que assegure o reinado da igualdade de facto, agita, por sua vez, tão clamorosamente a opinião e tão vivamente atrai os estudiosos, que, em face dela, todos os outros assuntos empalidecem e cedem campo, não sendo lícito a quem tem por dever o estudo das ciências sociais desconhecê-la e menosprezá-la. Esse o motivo da aceitação do assunto deste trabalho, que, na maneira como vai organizado, tem novo interesse por abranger o exame do papel da igreja neste grave problema e dos frutos atribuídos à sua intervenção..."
Afonso Costa

chesterton

As primeiras leituras de Chesterton foram as aventuras policiais e detectivescas do mais do que famoso detective Padre Brown, através dos escândalos, da argúcia, da incredulidade ou da inocência do Padre Brown. Foram leituras fantásticas. Um dia, numa feira do livro, encontro uma tradução de "S. Tomás de Aquino", tradução e notas de António Álvaro Dória, livro publicado no ido já ano de 1958 e editado pela Livraria Cruz de Braga. O exemplar que possuo é da 4.ª edição. Este mesmo livro teve uma nova edição, em 2009, editado desta vez pela Civilização Editora, com tradução, revisão e notas de Nuno Manuel Bastos. A revisão foi da que lhe antecedeu? Não há nenhuma indicação. Em 2008 apareceu "Disparates do Mundo" e, em 2009, o livro "O Homem Eterno". Mais recentemente de Chesterton apareceram estas "Tremendas Trivialidades". A leitura dos livros de Chesterton são uma aventura e de leitura desconcertante. Um prazer enorme. De Chesterton digo simplesmente que temos um ortodoxo que é um heterodoxal, muito melhor do que muitos que se dizem heterodoxais! Só me falta comprar "Os Melhores Contos do Padre Brown", que saíram este ano.
"Estes rascunhos momentâneos... não representam mais do que uma espécie de diário esporádico - um diário que relata um dia em cada vinte, que calhou de vincar-se na imaginação - , o único tipo de diário que o autor alguma vez conseguiu conservar. Até mesmo este diário, apenas o conseguiu manter ao torná-lo público, por uma ninharia. Mas, por mais triviais que sejam os seus temas, não deixam de ter um fio de intenção que os liga. Quando, com alívio profundo, os olhos do leitor se apartarem destas páginas, irão provavelmente repousar nalguma coisa: num dos varões que sustêm as cortinas, ou num poste de iluminação; no estore de uma janela, ou numa parede. A probabilidade é a de o leitor olha para uma coisa que nunca viu; isto é, uma coisa sobre a qual nunca reflectiu profundamente... Nenhum de nós refelecte suficientemente nestas coisas em que pousa o olhar. "
Chesterton

afonso cruz


"Uma pessoa não existe apenas por ter um corpo. Precisa de ter uma vida social. Precisa da palavra, da alma. Precisamos de testemunhos, dos outros."
Afonso Cruz

camilo e cinema


XIII encontros de outono 2010

XIII ENCONTROS DE OUTONO
A I REPÚBLICA NOS MUNICÍPIOS PORTUGUESES





No âmbito das comemorações do Centenário da República em Portugal realizaram-se na Casa das Artes, nos dias 26 e 27 de Novembro do corrente ano, os XIII Encontros de Outono, organização da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e do Museu Bernardino Machado. Coordenados pelo prof. Norberto Cunha, coordenador científico do mesmo Museu, os XIII Encontros de Outono tiveram este ano como tema "A I República nos Municípios Portugueses", com especialistas estudiosos locais, dando assim achegas para a historiografia local no âmbito do desenvolvimento, da implantação e da consolidação da República em Portugal. A fonte histórica predominante entre todos os investigadores foi a imprensa. Uma das primeiras conclusões que se pode tirar é que, logo a seguir à implantação da República portuguesa, se a nível nacional se fizeram sentir as divergências políticas, tais divergências também se fizeram sentir a nível local. Os municípios e as comunidades locais, através das suas comissões administrativas, pretenderam incutir aos cidadãos o discurso político para a enraização dos valores e ideais republicanos, para uma promoção das mentalidades nos cidadãos e o fortalecimento das comunidades. A base geral foi o desenvolvimento pela instrução, apesar de ficar muito longe das expectativas. A instabilidade municipal foi também vivida, tal como a nível nacional, tendo sido um dos primeiros desafios as incursões couceiristas, pretendendo Paiva Couceiro a instauração de um monarquismo-consevador face aos ideários republicanos. Uma ideia que ficou vincada foi o alheamento dos municípios republicanos face ao mundo, ao exterior, como foi com o caso do desenvolvimento do fascismo italiano, ou com a ditadura espanhola. Não deixa de ser curioso, e de notar, que em alguns municípios a implantação da República foi vivida de modo indiferente, não só a nível oficial, sendo as transições do poder pacíficas, como igualmente por parte dos cidadãos. Tal situação deve-se ao facto de alguns municípios serem devedores da monarquia, isto é, num caso ou noutro o seu desenvolvimento deveu-se à monarquia. Uma outra ideia conclusiva que se pode tirar destes XIII Encontros de Outono é o facto de os monárquicos terem ganho algumas eleições em alguns municípios. É o caso paradigmático e concreto de Barcelos, em cujo município os monárquicos, em 16 anos de República, tiveram por cinco vezes no poder municipal! Um ponto comum e denominador em todos os municípios foi a alteração da toponímia, existindo, em alguns casos, a apropriação pelos republicanos da simbologia monárquica.

sábado, 27 de novembro de 2010

bruckner e o amor



"Este livro foi escrito para os que se recusam ceder à chantagem, para os que não querem deixar o velho palco das paixões, sem renegarem às mudanças que ocorreram. Ao contrário dos conservadores, eles louvam os direitos conquistados, ao invés dos progressistas, eles não se sentem culpados pelos seus gostos antiquados. Na época áurea dos anos líricos, para dizer a verdade, já nos tinhamos deixado atraído pelo velho mundo, ao qual desejávamos fugir. Éramos libertinos por obrigação, namoradores românticos, hedonistas sentimentais, divididos entre dois amos: a constância e a volubilidade. Éramos antiquados nas nossas tendências e revolucionários nas nossas afirmações."


Pascal Bruckner

I
Um Grande Sonho de Redenção
II
O Idílio e a Discórdia
III
O Maravilhoso Carnal
IV
A Ideologia do Amor

leituras camilianas


Mais uma das amabilidades do Dr. Manuel Sá Marques, estes livros de e sobre Camilo. Alguns dos exemplares que aqui já apresentei, individualmente, devido aos recortes de imprensa que continham, não merecendo os que aqui coloco menos destaque, antes pelo contrário, assim como os outros, pertenceram há biblioteca pessoal do Dr. Ernesto Roma, que gostava de ler Camilo, o criador da Diabetologia Social e fundador da APDP - Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal, a mais antiga de todas as associações de diabéticos do mundo (1926). O Dr. Manuel Sá Marques, para além de amigo pessoal do Dr. Ernesto Roma (do qual coloco uma fotografia), era seu adjunto, tomando após o falecimento do fundador da mesma associação, a sua direcção. Uma outra particularidade que gostaria de focar é relativa ao livro que aqui se encontra de José Agostinho intitulado "Camilo e a sua Fisiologia". A particularidade, conforme se pode ver, é devido a algumas manifestações físicas que o livro contém, nomeadamente o carimbo do Colégio Dr. Correia Mateus e o carimbo que diz "Brinde da Educação Nacional". Outra característica é a assinatura de Beatriz Machado, na capa, com a localidade, Leiria, e o ano, 1927. A página de rosto contém a seguinte indicação manuscrita: "Oferecido pelo meu padrinho Dr. João Correia Mateus em 1/12/1927" e com a assinatura autógrafa de Beatriz Machado, tia do Dr. Manuel Sá Marques pelo lado do avô, Bernardino Machado. O Dr. Correia Mateus foi o fundador e o director do Colégio com o seu nome em Leiria. Estas informações, e muitas outras, podem ser lidas e vistas, com fotografias fantásticas, e com uma árvore genealógica, no blog do Dr. Manuel Sá Marques. A minha eterna gratidão.




















ricardo jorge e camilo

Outra das ofertas já raríssimas do Dr. Sá Marques, este livro de Ricardo Jorge sobre Camilo. Tem a particularidade dos outros dois já aqui colocados: tem dois recortes de imprensa, nomeadamente "Para, Escute e Olhe. A Sombra da Desgraça", artigo publicado em "O Século" de 23 de Fevereiro de 1963, e "A Sombra de Camilo", publicado no "Diário de Notícias", em 20 de Janeiro de 1969.




"Fui-me hoje, em véspera do fúnebre aniversário, acolher-me a ele, a ouvi-lo na voz in extinguível dos seus livros, a aguçar o espinho da saudade. Do meio desse fiada gloriosa surdiu-me um volume, ali enfeixado à obra do Mestre, por ter sido seu e anotado por suas mãos. Dera-mo nos derradeiros tempos, já quando a pena lhe perdia o rasto do papel e as letras se sumiam na névoa da amaurose."
O livro a que Ricardo Jorge se refere é de Júlio de Castilho com o título "D. Inês de Castro"








benjamim salgado e camilo

Mais uma das amabilidades do Dr. Manuel Sá Marques, esta edição já raríssima da Fundação Cupertino de Miranda, livro do P. Benjamim Salgado sobre Camilo e publicado em 1973. Contém um recorte de imprensa, que aqui coloco, do "Diário de Notícias", de 21 de Janeiro do ano referido.







polémicas portuguesas

Uma das amabilidades, entre muitas, do Dr. Manuel Sá Marques para comigo. Eternamente reconhecido, que jamais esquecerei!








fundação cupertino de miranda e o surrealismo









FUNDAÇÃO CUPERTINO DE MIRANDA
Por Toda a Parte Julio. Comissário António Gonçalves, Perfecto E. Quadrado; Coord. António Gonçalves. V. N. de Famalicão: Fundação Cupertino de Miranda, 2010.
Perfecto Quadrado, António Gonçalves - "os júlios de julio e sauldias".
Rui Mário Gonçalves - "a arte de sonhar acordado"
Fernando Cabral Martins - "julio e a imagem surrealista"


É missão da Fundação Cupertino de Miranda enriquecer o seu espólio artístico e documental, nomeadamente a sua "Colecção em construção" e nesta acção continuada a aquisição do espólio de Julio representa um importante paso no reforço da Colecção, que já inclui a doação do pintor e poeta Mário cesariny ao lado da qual alcança um relevo especial o espólio doado por Artur do Cruzeiro Seixas num acervo que reúne mais de 2000 obras e que já é uma referência no Surrealismo. / As cerca de 100 obras de Julio representam um núcleo único do movimento surrealista, praticamente desconhecido até hoje e de uma fase inicial do movimento."
Pedro Álvares Ribeiro












encontros de outono de 2010



  • Ao fechar os XIII Encontros de Outono dedicados à temática "A I República nos Municípios Portugueses", actividade organizada pela Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e pelo Museu Bernardino Machado no âmbito das comemorações do centenário da República em Portugal, o Vice-Presidente Dr. Paulo Cunha do município famalicense salientou duas ideias conclusivas: por um lado, sentia-se o pulsar republicano nos municípios mesmo antes da implantação da República. A República não foi uma imposição. Por outro lado, salientou a ideia que a República ficou aquém das expectativas, com algum déficit democrático, salientando a falta de proximidade entre o eleitor e o eleito. A não criação de raízes políticas, caso da falta da dinâmica municipal, terá sido, talvez, uma das causas da queda da República. Tal como ontem, fica o registo fotográfico das sessões do dia de hoje.



Dr. António José Queirós, Prof. Norberto Cunha (moderador) e Dr. Amadeu Sousa



Dr. Amadeu Sousa - "Braga no Ocaso de uma "História de Reis": movimentações monárquicas e republicanas entre 1908 e 1910"


Dr. António José Queirós - "Amarante na I República"



Dr. Jorge Fernandes Alves, Prof. Norberto Cunha (moderador) Dr. João Francisco Marques



Dr. João Francisco Marques - "A I República na Póvoa de Varzim"




Dr. Jorge Fernandes Alves - "O "Desejado". O Poder Local, o Projecto de Código Administrativo Republicano e suas Atribulações"



Vice-Presidente da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, Vereador da Cultura Dr. Paulo Cunha