quinta-feira, 14 de julho de 2011

camilo e o porto




"... entre mim e o Porto, há duas mil léguas de ar livre. Tentei-o lá, mas não sei que prestigioso terror me encadeava ao porte das conveniências! / É coisa que está na atmosfera do Porto."



"Por esses tempos, era eu, moço de coração, de fantasia, sonhava, poetizava, carpia, exagerando-as, as dores alheias, interessava-me em saber os segredos das mágoas misteriosas e imaginava-me dotado de tanta sensibilidade e condão de consolar que, se acontecia aproximar-me da pessoa sofredora, a minha maior glória era enxugar-lhe as lágrimas, com não sei que expressões de alívio, esquecidas hoje."




Camilo, O Filósofo da Trapeira

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