quarta-feira, 6 de julho de 2011

portugal



"A autoflagelação é a má consciência da passividade, e não é fácil superá-la num contexto em que a passividade, quando não é querida, é imposta. Estamos a ser agidos. Nosso é apenas um nome em nome do qual outros agem para o bem que só é nosso se for também deles. Para agirmos temos de desviar os olhos desta paisagem e caminhar no escuro por alguns momentos até chegarmos às suas traseiras para ver os andaimes que a sustentam, observar a azáfama que por lá vai e identificar os lanços vazios à espera da nossa acção. O objectivo deste livro é identificar alguns desses lanços e, co m isso, reconstruir a esperança a que temos direito. Esperar sem esperança seria o pior que nos poderia acontecer. O nosso inconformismo ante tal cenário deve ser radical. / No primeiro capítuloi, falo breves precisões concentuais sobre as crises e suas soluções. No segundo capítulo, apresento uma reconstrução histórica de algumas contas mal feitas na nossa vida colectiva e nas nossas relações com a Europa. No terceiro capítulo, analiso o possível impacto das medidas de austeridade recessiva na vida dos portugueses. No quarto capítulo, proponho algumas medidas para sairmos da crise com dignidade e com esperança, tanto medidas de curto prazo como medidas de médio prazo. No quinto capítulo, centro-me nos desafios que se levantam às soluções que só fazem sentido se adopatdas a nível europeu e mundial. O maior desses desafios é travar e se possível inverter a preocupante proliferação do que desgigno por fascismo social. No sexto capítulo, defendo a necessidade e a possibilidade de um outroi projecto europeu mais inclusivo e solidário. Finalmente, no sétimo capítulo, defendo que a outra Europa possível só se concretizará na medida em que ela for capaz de partilhar os desafios da luta por um outro mundo muitíssimo mais vasto, mas, tal como ela, possível e urgente." (9)


I - As identidades das crises


II - Um diagnóstico português


III - A desmedida das medidas de auteridade recessiva


IV - Sair da crise com dignidade e esperança


V - Outros mundos possíveis: a ameaça do fascismo social


VI - Outra Europa possível


VII - Outro mundo é possível

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