a imagem que aqui tenho vinha no jormal "Público" de hoje. Esta é a minha simples homenagem a um historiador português notável, que na época em que li estes quatro volumes, no ano já ido de 1983, livros estes oferecidos na altura pela minha mãe, julgo que andava então no 12.º ano de escolaridade nas caldinhas, foi uma descoberta extraordinária, perante a nova interpretação que então fazia da história dos descobrimentos portugueses, na linha da nova história e fortemente influenciado por Braudel. Um sublinhado: "... a carta do globo é desenhada, o homem aprende a situar-se no espaço, a sua maneira de sentir e de entender as próprias relações humanas é impregnada pelo número, ao mesmo tempo que pela consciência da mudança; a pouco e pouco cria-se um critério para distinguir o fantástico do real e o impossível do possível; transformam-se, em complexidade contraditória, motivações e ideais; a produção e a circulação dos bens multiplicam-se, o mercado à escala do mundo torna-se o vector dominante da evolução económica, forma-se o Estado burocrático e centralizado de matiz mercantilista. Na realidade, entre o século XI e o XVII, não é uma, são várias as revoluções intelectuais e de estrutura social." Historiador e homem da cultura, porque não historiador da cultura e das mentalidades, apenas me resta agradecer a vitorino magalhães godinho esta fantástica leitura, que, lembro-me, no ano de 1983, numas férias, então viajei imaginando outros mundos.
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