sexta-feira, 29 de abril de 2011

manuel gusmão & da poesia


A
Da poesia como razão apaixonada
Da poesia como razão apaixonada
Da poesia como razão apaixonada
Coisas que fazemos com a literatura
[Como e porquê falar de poesia?]
Desde que somos um diálogo
Da condição paradoxal da poesia

B
Rimbaud: alteridade, singularização e contrução antropológica
Cesário Verde: o «cartógrafo» e a temporalização dos mapas
O Fausto de Pessoa: um teatro em ruínas
Da evidência poética: justeza e justiça na poesia de Sophia
Uma apresentação de Livro VI
A leitura de Carlos de Oliveira
A arte da poesia em Carlos de Oliveira
Carlos de Oliveira e Herberto Helder: ao encontro do encontro
Leiam Herberto Helder Ou o Poema Contínuo
Herberto Helder, «a estrela plenária»
Entre nós e as palavras (Mário Cesariny)
Algumas variações em resposta à poesia de Ruy Belo
Pequena fala sobre a poesia com Ruy Belo
A invenção do corpo amorosa em Luiza Neto Jorge: o som e a fúria do sentido
A arte da poesia em Gastão Cruz
Assis Pacheco: Respiração Assistida - algumas notas para lhe assistir

C
O tempo da poesia: uma constelação precária.



Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão / Associação Portuguesa de Escritores

Grande Prémio de Ensaio "Eduardo Prado Coelho" 2010





  • ... diz a convicção de que a escrita-e-a-leitura da poesia mostram no seu fazer-se que nós somos também isso mesmo: corpos históricos singulares, percorridos por uma escrita emaranhada; uma voz escrita, inscrita e excrita - tatuagem e palimpsestos; em alguma medida, somos feitos e desfeitos pelo poieín das artes: pela poesia..; pelo romance em que procuramos os nossos possíveis; pelas cenas onde os corpos e vozes ardem à nossa vista; pelos filmes que nos correm no sangue; pela música que nos sopra os ventos nas árvores do cérebro; pelas pinturas que nos constroem o olhar capaz de folhear o visível; pelas fotografias em que ficámos para sempre (junto a) uma rocha batida pelas ondas; pelas esculturas em que tacteamos o desabamento e o voo do mundo; por essa dança que nos desenha no ar, enquanto dançamos à beira do vulcão; pelas palavras que um dia nos disseram ou não disseram, por tudo aquilo que escolhemos ou nos escolheu, ou por aquela lettera amorosa que lemos e relemos e contudo não chegou a ser lida, nem enviada. (10-11)




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