sábado, 8 de janeiro de 2011

filosofia para adolescentes

"... agir correctamente, agir moralmente, podia revelar-se uma das tarefas mais difíceis que existem."
Tugendhat



O filósofo Ernst Tugendhat, na foto, e com mais dois colaboradores, analisa, de forma informal, neste livro particularmente dialógico, vários temas em diálogos permanentes, não só na realidade escolar, como também no meio familiar. Temas como o sentido da vida e do sofrimento, o sentido da propriedade e a regra de ouro, a amizade e o respeito, a ética da responsabilidade e da solidariedade, assim como a ética do cuidado, são temáticas analisadas por adolescentes, os quais, entre si e com o mestre, neste caso o professor, e depois em diálogos familiares, tentam estabelecer novos caminhos identitários para as suas vidas. A nova antrolopologia fundada por Tugendhat, que pretende ressalvar uma nova noção de sujeito perante as deliberações e dilemas éticos, imprime a este livro a unidade e a concordância para a redescoberta do ser humano no mundo e qual o seu papel.







I

Qual é o pior dos crimes?


II

Os danos causados pelos roubos são todos iguais?


III

É sempre proibido fazer sofrer os outros?


IV

Compromissos e enganos


V

A regra de ouro e o respeito


VI

O dever de sermos solidários


VII

Simpatia e antipatia


VIII

Responsabilidades e castigos


IX

Autonomia e virtudes


X

O sentido da vida e a felicidade

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

nigel warburton e a filosofia



  • "O que é a filosofia? Esta é uma questão notoriamente difícil. Uma das formas mais fáceis de responder é dizer que a filosofia é aquilo que os filósofos fazem..."
  • "Outra forma de abordar a questão é indicar que a palavra «filosofia» deriva da palavra grega que significa «amor da sabedoria». Contudo, isto é muito vago e ainda nos ajuda menos do que dizer apenas que a filosofia é aquilo que os filósofos fazem."
  • "A filosofia é uma actividade: é uma forma de pensar acerca de certas questões. A sua característica mais marcante é o uso de argumentos lógicos. A actividade dos filósofos é, tipicamente, argumentativa: ou inventam argumentos, ou criticam os argumentos de outras pessoas ou fazem as duas coisas. Os filósofos também analisam e clarificam conceitos.."
  • "Que tipo de coisas discutem os filósofos...? Muitas vezes, examinam crenças que quase toda a gente aceita acriticamente a maior parte do tempo. Ocupam-se de questões relacionadas com o que podemos chamar vagamente «o sentido da vida»: questões acerca da religião, do bem e do mal, da política, da natureza do mundo exterior, da mente, da ciência, da arte e de muitos outros assuntos."
  • "O estudo da filosofia não só nos ajuda a pensar claramente sobre os nossos preconceitos, como ajuda a clarificar de forma precisa aquilo em que acreditamos. Ao longo desse processo desenvolve-se uma capacidade para argumentar de forma coerente sobre um vasto leque de temas - uma capacidade muito útil que pode ser aplicada em muitas áreas."







I
Deus

II
Bem e mal

III
Política

IV
O mundo exterior

V
Ciência

VI
Mente

VII
Arte

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

domingo, 2 de janeiro de 2011

james rachel e a moral

"Sócrates, um dos primeiros e melhores filósofos morais, afirmou que a ética trata de «um assunto de grande importância: saber como devemos viver». Este livro é um introdução à filosofia moral, concebida nesse sentido lato. / O tema é, portanto, demasiado vasto para ser abrangido num pequeno livro, pelo que tem de haver uma maneira de decidir o que incluir e o que deixar de fora.. Fui guiado pelo seguinte pensamento: imagine-se alguém que nada sabe a respeito do tema, mas deseja perder uma modesta porção de tempo e aprender. Quais são as primeiras coisas, e as mais importantes, que essa pessoa precisa de parender? Este livro é a minha resposta a essa pergunta. Não tento abranger todos os temas desta área; nem mesmo tento dizer tudo quanto poderia ser dito sobre os temas tratados. Tento, isso sim, discutir as ideias mais importantes que um principiante deve enfrentar."
James Rachels




I
O que é a moralidade
II
O desafio ao relativismo cultural
III
O subjectivismo em ética
IV
Dependerá a moralidade da religião?
V
Egoísmo psicológoco
VI
Egoísmo ético
VII
A abordagem utilitarista
VIII
O debate sobre o utilitarismo
IX
Haverá regras morais absolutas?
X
Kant e o respeito pelas pessoas
XI
A ideia de contrato social
XII
O feminismo e a ética dos afectos
XIII
A ética das virtudes
XIV
Como seria uma teoria moral satisfatória?



paul ricouer



François-Xavier Amherdt

I
- "Paul Ricouer et la Bible"

II
"Polyphonie du Texte Biblique et Travail de l`Interprétation"

III
"Conclusion: entre herméneutique philosophique et herméneutique biblique, un rapport dialectique complexe"

IV
"Profil des Articles Traduits"



Paul Ricouer

  • "Philosophie et Langage Religieux"
  • "Paraboles et Prédications"
  • "Temps et Récit en Herméneutique Biblique et Théologique"






sábado, 1 de janeiro de 2011

teilhard de chardin, cristo reinventado

Segundo o sítio http://www.broteria.pt a Faculdade de Teologia da Universidade Católica, no Porto, e a Associação dos Amigos do Padre Teilhard de Chardin, em Portugal, vão organizar um curso aberto sobre o teólogo e jesuíta Teilhard de Chardin. A minha primeira descoberta do seu pensamento foi com o livro organizado por Eusébio Colomer, com prólogo à edição portuguesa de Júlio Fragata, publicado em 1967 pela Livraria Tavares Martins, do Porto, sendo a tradução de Manuel V. Figueiredo. Adquiri o livro em em 23 de Dezembro de 1981 na Livraria e Papelaria Paços, de V. N. de Famalicão. Já não existe a livraria! Nada mais a propósito, deveria ter sido uma prenda a mim próprio! E foi uma prenda fantástica, porque o livro esta bem sublinhado. A leitura, portanto, foi bem proveitosa, com muitos apontamentos transversais, tais como, o ser humano enquanto pertença ao mundo espiritual e como ponto de partida, dou destaque, igualmente, ao personalismo de Chardin ou o seu «ser-para-viver». Mais apontamentos transversais: Bergson e Chardin, a questão da liberdade enquanto propriedade essencial da interioridade do humano, da ascendência do mundo para a transcendência, enfim, a relação da ciência com a fé, ou a metafísica da união... Pena foi não ter encontrado a tradução portuguesa do "Fenómeno Humano". Um livro emprestado, muitas vezes, é um livro perdido. Estarão presentes no curso Gérard Donnadieu, Michel Renaud, Alfredo Dinis e Vasco Pinto de Magalhães. Uma citação de Colomer sobre o pensamento de Chardin.





"A concepção teilhardiana do Cristo cósmico é muito rica, mas suscptível ao mesmo tempo de perigosas interpretações. É certo que pela Encarnação Cristo uniu-se ao cosmos, entrou a formar parte da sua história milenária e assumiu, santificando-a, uma fracção da sua matéria para não abandoná-la jamais. É também certo que o conjunto de todos os homens que gozam a vida divina da graça pertencem de algum modo ao Corpo Místico de Cristo, o qual esboçado no decorrer da história, se consumará no seu termo, quando os membros, unidos definitivamente com a Cabeça, formem o Cristo total e sejam, segundo uma expressiva fórmula de S. Agostinho: «um só Cristo a ver a Deus». Mas seria falso entender o Cristianismo cósmico de Teilhard no sentido de um «Pancristianismo» que concebesse o universo como uma espécie de corpo em que o Verbo encarnou. Não. A Encarnação pertence exclusivamente à humanidade de Jesus. É certo que o mundo foi por ele santificado, mas nem constitui uma encarnação maior, nem forma parte propriamente do Corpo Místico. Assim o entendia com certeza Teilhard de Chardin, ainda que levado do seu entusiasmo poético e abrasado de fervor místico, emprega mais de uma vez fórmulas ambíguas e perturbadoras. Do mesmo modo seria também erróneo interpretar «naturalmente» a insist~encia de Teilhard em repisar na realidade, por assim dizer, física e biológica do Corpo Místico, em vez de entendê-lo «sobrenaturalmente» como corresponde a um super-organismo real, em que os laços que vinculam os membros com a Cabeça são autenticamente vitais, mas não d aordem da natureza, senão da graça." (94-95)

leituras

nada melhor do que começar o ano de leitura com este romance policial do espanhol catalão pablo tusset, que, tal como montalbán o diz, e confirmo, é divertídissimo e, acrescento, de leitura aliciante, com reflexões do nosso quotidiano comum. acrescento, apesar de se ler muito bem, alguns erros, o que equivale a dizer que merecia uma melhor edição e não feita à pressa, pelo menos é o que parece. mas lê-se, enfim! uma leitura mais séria, e edificante, para percebermos o sentido de uma teologia política e uma filosofia política, a sua separação, entre a transcendência e o pragmatismo, o ensaio de mark lilla "a grande separação" leva-nos a perceber, precisamente, o porquê da libertação da actividade política perante a autoridade eclesiástica. um tema actual, devido, precisamente, às comemorações do centenário da república em portugal, devido, precisamente, à lei da separação entre a igreja e o estado, promovendo a liberdade das crenças e uma religião remetida ao privado, não colocando, contudo, em causa, a existência do cristianismo, pelo menos assim o pensava bernardini machado. um ano de boas leituras.