domingo, 1 de novembro de 2009

caim & caim



António Marujo - "A Bíblia, a arte do pecado original e a culpa". In Público/P2 (24 Out. 09), p. 4.



"A Bíblia é um manual de maus costumes". "É preciso ter muito cuidado quando se lê a Bíblia". In Jornal de Notícias (19 Out. 09), pp. 4-5.



O mito de Caím é o mito da indiferença do ser humano pelo ser humano.
O Livro dos Saberes Práticos


A história acabou, não haverá mais nada que contar.
José Saramago


A História, as histórias do humano, não acaba(m).
O Livro dos Saberes Práticos

Richard Zimmler - "Saramago e a insustentável leveza da ignorãncia". In Público/P2 (27 Out. 09), pp. 6-7.


i.
Este mito poderia ter constituído um belo exemplo de brandura divina. Ora o nosso imaginário conservou de Caim uma imagem negativa, se não atroz. Impõe-se então uma série de perguntas:
- Por que seria necessário existir um assassínio nas origens da humanidade - e que ainda por cima é um fratricídio?
- Por que seria necessário haver, por um lado, um filho amado por Deus a morrer sem descendência e outro que, apesar de ser um assassino, escapa ao castigo e deixa atrás de si fundadores de linhagens prestigiadas e «socialmente úteis»?
- Por que será que Adão e Eva decidem - de acordo com o texto que se apresenta como fundador conceber um terceiro filho que vão reconhecer como sendo o único legítimo?
- Por que será que a divindade escolheu arbitrariamente entre o agricultor e o pastor, privilegiando o último a ponto de fazer que Caim passasse pelo suplício da inveja?

ii.
Surgem-nos duas vias de investigação: por um lado, apresentamos o Mal como fundador. Após o episódio em que Adão e Eva se opõem à personagem divina por intermédio do tentador, após este fantasma de um paraíso concedido e perdido em favor de um saber entre a morte e sobre a sexualidade (acontecimento que os Gentios traduziram em termos de pecado original) o texto bíblico propõe-nos além disso uma reflexão que, desta vez, não se vai referir à queda, mas a um assassínio que parece ter sido necessário para introduzir a humanidade na socialidade. isto significa que a harmonia não poderia caracterizar o sujeito, mas que são sobretudo as tensões, as lutas e, no caso, a violência que introduzem as categorias da dívoda e da culpabilidade no próprio local em que o sujeito se estrutura.
iii.
... verdade dupla que o mito de Caim revela: o assassínio (só) foi cometido uma (única) vez, por isso está sempre presente no horizonte do nosso entendimento, da nossa história e até dos nossos processos de subjectivação e, logo, não precisa de ser realmente repetido. Mas a nossa posição enquanto indivíduos exige que esta constatação, que ameaça uma certa forma de humanismo pintado de angelismo beato, seja combinada com um reconhecimento deste crime, sem o qual reinaria a repetição estetizante e infinita do assassínio como maneira de estar no mundo.
iv.
... a negação do assassínio do outro resulta na negação da sua própria existência, primeiro na sua subjectividade, depois na sua humanidade e por fim na sua existência.
v.
Esta preversão da cultura e da civilização, esta recusa em reconhecer o crime estão na base de uma negação que está constantemente a encenar, em nome das massas, em nome do culto do eu, a parte maldita de Caim, atormentada por um outro que ele não consegue reconhecer «como seu irmão» e do qual também não se consegue livrar. Ora, já vimos que foi precisamente porque Caim reconheceu o seu erro, e apenas depois de uma sentença o ter castigado pelo seu crime, que os descendentes puderam fundar as formas de uma sociedade da qual todos nascemos.
Jacques Hassoun


Frei Bento Domingues - "Confronto na afabilidade". In Público (25 Out. 09), p. 36.

Vasco Pulido Valente - "Uma farsa". In Público (23 Out. 09), p. 44.

Carlos Fiolhais - "Galileu e saramago". In Público (23 Out. 09), p. 44.

Miguel Gaspar - "Uma linha a mais. O Deus de Saramago". In Público (22 Out. 09), p. 40.

António Marujo - "Saramago assume "valores cristãos" e diz que há muita coisa na Bíblia que vale a pena ler". In Público (22 Out. 09), p. 6.

Miguel Esteves Cardoso - "O édipo do zé". In Público (22 Out. 09), p. 39.
Luís Afonso - "Bartoon". In Público (22 Out. 09), p. 39.

Adicionar imagem Luís Miguel Queirós, Natália Faria - "Saramago volta a provocar a ira da igreja". In Público (20 Out. 09), p. 4.

António Bagão Félix - "Deus é misericordioso". In Público (22 Out. 09), p. 39.
Ana Vitória - "O livro mais falado antes de ser lido". In Jornal de Notícias (22 Out. 09), p. 45.

Manuel António Pina - "Saramago é crente". In Jornal de Notícias (22 Out. 09), p. 56.

Rafael Barbosa - "Figura do dia. É feio fazer publicidade a livros?" In Jornal de Notícias (22 Out. 09) p. 6.
"Muita emoção na despedida de Saramago". In Jornal de Notícias (19 Out. 09), p. 2.


"José saramago. A Literatura saiu à rua". In Jornal de Letras, Artes e Ideias (21 Out. 09), p. 17.


"Entrevista ao autor de Caim. O valor do ser humano". In Jornal de Letras, Artes e Ideias (21 Out. 09), pp. 18-19.

Miguel Real - "A maldade de Deus". In Jornal de Letras, Artes e Ideias (21 Out. 09), p. 20.

Fernando Madrinha - "Com a ajuda de Deus". In Expresso (24 Out. 09), p. 11.
Miguel Sousa Tavares - "O Futuro das Palavras. "Deus não é de fiar", José Saramago. "Quem é esse Saramago?", Deus". In Expresso (24 Out. 09), p. 9.




"José Saramago cara a cara com um padre e teólogo". In Expresso (24 Out. 09), pp. 20-21.


António Guerreiro - "Livros. Ficção. Em Nome de Deus". In Expresso/Actual (24 Out. 09), p. 34.

António Pedro Pereira - "Saramago "um bocado ofensivo" para os islâmicos de Lisboa". In Diário de Notícias (23 Out. 09), p. 64.

Eugénio Lisboa - "Literatura como manual de maus costumes". In Diário de Notícias (23 Out. 09), p. 13.
João Céu e Silva - "Saramago quer "Caim" livro em vez de um caso político". In Diário de Notícias (22 Out. 09), p. 47.

"Editorial. Saramago é português, ponto final". In Diário de Notícias (22 Out. 09), p. 6.



João Céu e Silva (texto), Rodrigo Cabrita (Fotos) - "Entrevista José Saramago. "O Papa Bento XVI parece-me um hipócrita". In Diário de Notícias (25 Out. 09), pp. 2-5

"Caim, José Saramago, Caminho". In Público/Ipsilon (23 Out. 09) pp. 38-39.

Alberto Gonçalves - "Saramago não incomoda nada". In Diário de Notícias (25 Out. 09), p. 71.


























































sexta-feira, 30 de outubro de 2009

astérix, obélix, ideiafix & companhia


40.º aniversário eleições legislativas 1969



Dr. Artur Sá da Costa, Dr.ª Margarida Malvar, Eng.º Eugénio Ribeiro, Prof. Dr. Norberto Cunha

Dr. Artur Sá da Costa, na apresentação do 40.º Aniversário das Eleições Legislativas de 1969, evocando a exposição, patente na respectiva sala, intitulada "Esperança ou Ilusão?", no Museu Bernardino Machado.


Diário do Minho. Braga (30 Out. 2009), p. 13.

Dr. Artur Sá da Costa, Dr.ª Margarida Malvar e o Eng. Eugénio Ribeiro.



Dr. Joaquim Loureiro, Dr. Macedo Varela e Dr. Artur Sá da Costa, numa visita à exposição.


Diário do Minho. Braga (29 Out. 2009), p. 13.

Prof. Dr. Norberto Cunha, Dr. Macedo Varela, Dr. Joaquim Loureiro e Dr.ª Margarida Malvar

Dr. Artur Sá da Costa, Exmos. Srs. Manuel Cunha e Artur Simões, filho do antigo proprietário do café Nara, o qual já não existe









lawrence durrell


confúcio