Liberta está longe.
Longe dos braços fortes
dos homens fortes só que de sentidos enleados
pelos que se suportam nos seus braços.
Porque no espaço vazio árido desse homens obs-
[curecidos
Liberta ainda não fez a sua aparição sorriso
dedos entrelaçados no regaço fraternidade
um sinal livre nos olhos mar salgado tranquilo.
Liberta está longe,
tem um lenço cor de sangue
cor do sangue do homem que morre
com o concerto dos que se sabem transitórios
mas repercutidos na memória dos demais irmãos
com uma flor presa nos dentes sujos e desacer-
[tados
um gesto interesse pelo dia da cidade que o estranha.
Liberta está longe
e eu de mãos abertas em grades
nas minhas faces desertoras.
É preciso prosseguir.
Liberta, meu amor.
salvador coutinho
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