
"Os livros são as melhores provisões que encontrei para esta humana viagem." (Montaigne)
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
dalai lama e a ética

dalai lama e a felicidade

heidegger, o pensar, a filosofia e o humanismo
- O que, todavia, «é», antes de tudo, é o ser. O pensar consuma a relação do ser com a essência do homem. O pensar não produz nem efectua esta relação. Ele apenas a oferece ao ser, como aquilo que a ele próprio foi confiado pelo ser. Esta oferta consiste no facto de, no pensar, o ser ter acesso à linguagem. A linguagem é a casa do ser. (33)
- A filosofia é perseguida pelo temor de perder em prestígio e importância, se não for ciência. O não ser ciência é considerado uma deficiência que é identificada com a falta de cientificidade. Na interpretação técnica do pensar, o ser é abandonado como o elemento do pensar. (35)
- Já há muito tempo, demasiado tempo, o pensar está fora do seu elemento. Será possível chamar de «irracionalismo» o reconduzir o pensar ao seu elemento? (35)

- O senhor [Jean Beaufret] pergunta: Comment redonner un sens au mot «Humanisme»? «De que maneira dar novamente à palavra humanismo, um sentido?» A sua pergunta não pressupões apenas que o senhor quer conservar a palavra «humanismo»; ela comtém também a confissão de que esta palavra perdeu o seu sentido. / Ela perdeu o sentido, pela convicação de que a essência do humanismo é de carácter metafísico e isto significa, agora, que a Metafísica não só não coloca a questão da verdade do ser, mas a obstrui, na media em que a Metafísica persiste no esquecimento do ser. Mas o pensar que conduz a esta compreensão do carácter problemático da essência do humanismo levou-nos, ao mesmo tempo, a pensar a essência do homem mais radicalmente. No que diz respeito a esta humanitas do homo humanus, em sua dimensão mais essencial, resulta a possibilidade de devolver a palavra humanismo a um sentido historial que é mais antigo, que é o seu mais antigo sentido, sob o ponto de vista historiográfico. Este devolver do sentido não se deve entender como se a palavra «humanismo» fosse como tal sem sentido e um simples fiatus vocis. O «humanum» aponta, na palavra, para a humanitas, a essência do homem. O «ismo» aponta para o facto de que a essência do homem deveria ser apreendida de maneira radical. Este sentido é o que possui a palavra «humanismo» como palavra. Dar-lhe novamente um sentido somente pode significar: determinar de novo o sentido da palavra. Isto exige, de um lado, que a essência do homem seja experimentada mais originariamente; de outro lado, que se mostre em que medida esta essência é, a seu modo, bem-disposta. A essência do homem reside na ex-sistência. É esta ex-istência que essencialmente importa, o que significa que ela recebe a sua importância do próprio ser, na medida em que o ser apropria o homem enquanto ele é o ex-istente, para a vigilância da verdade do ser, inserindo-o na própria verdade do ser. «Humanismo» significa, agora, caso nos decidamos a manter a palavra: a essência do homem é essencial para a verdade do ser, mas de tal modo que, precisamente em consequência disto, não importa o homem simplesmente como tal. Desta maneira, pensar um «humanismo» de natureza singular. A palavra dá como resultado uma expressão que é um «lucus a non lucendo». (73-74)
domingo, 29 de agosto de 2010
pascal, rohmer e a beleza
Nascemos com um carácter de amor nos nossos corações, que se desenvolve à media que o espírito se aperfeiçoa, e que nos leva a amar o que nos parece belo sem que jamais nos tenham dito o que isso é. Quem poderá duvidar assim de não estarmos no mundo para outra coisa que não amar? Com efeito, bem podemos esconder-nos de nós mesmos, amamos sempre. Nas próprias coisas das quais parece ter-se separado o amor, este lá está secretamente e dissimulando-se; e não é possível que o homem possa viver um momento sem o ter. / O homem não gosta de morar consigo; e contudo ama: tem necessidade pois de noutra parte buscar o que amar. Só pode encontrá-lo na beleza; mas como é ele mesmo a mais bela criatura que Deus alguma vez formou, é-lhe necessário encontrar em si mesmo o modelo dessa beleza que procura lá fora. Cada qual pode dar em si mesmo conta dos seus primeiros raios; e segundo nos apercebemos de que aquilo que está no exterior convém ou se afasta dela, formamos as ideias de belo e de feio sobre todas as coisas. (15-16)

Fala-se do Amor e da Beleza. Ambas têm opiniões diferentes opostas acerca dessa questão. Aurélia afirma que se ama alguém porque se acha que é belo. Jenny afirma que se acha belo porque se ama. Adrien está mais de acordo com esta opinião.
sábado, 28 de agosto de 2010
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
barão de trovisqueira














- Amadeu Gonçalves, Artur Sá da Costa - "Da História como Memória e Simbolismo Funerário". In Boletim Cultural. V. N. de Famalicão, 3.ª série, n.º 3/4 (2007/8), pp. 259-270.
- "Vasco de Carvalho e o Barão de Trovisqueira - correspondência com e do neto Leopoldo Trovisqueira". In Boletim Cultural. V. N. de Famalicão, 3.ª série, n.º 3/4 (2007/8), pp. 271-312.