- Hoje, após um excelente almoço, imaginem só, e até porque o tempo agora está até mais calmito, um arrozito de cabidela, pois então, com aquele vinho branco fresquinho que ainda não consegui perceber qual a marca, não aquele vinho verde gazeificado, mas um verde bem suave, que escorrega muitíssimo bem, resolvi dar um pulo até à Livraria Fontenova, até porque a minha colega e amiga Paula, que regressava das férias, ou de uma pequena parte delas, tinha-me dito que lá viu um livro sobre os cartazes republicanos, quando foi comprar os livros escolares para os seus filhotes. Aventurei-me, pois, então, a ir até à Livraria do burgo famalicense, que continua ainda a ser única, graças a Deus, e lá fui parar, nas calmas, tinha tempo, hora do passeio e da digestão antes do café. Antes de mais, o preço: caro! O que se tem notado nas edições não só da Comissão do Centenário Para a República, como também nos livros patrocinados pela mesma, os livros atingem preços exorbitantes! E, depois, por outro lado, num caso ou noutro, falta um critério objectivo e científico. Mas o escândalo que estamos a assistir é, particularmente, nos tão afamados "Roteiros Republicanos", distribuídos pelo "Jornal de Notícias" e "Diário de Notícias", dando a respectiva Comissão de que Portugal é apenas Lisboa e o resto continua a ser paisagem!!! Como se os livros não bastassem ter um preço elevado, o que até não é o caso dos roteiros (nem mesmo já pedidos no quiosque habitual eles ainda não chegaram!), a Comissão gastou rios de dinheiro, através dos periódicos citados, na publicidade dos mesmos roteiros e estes nem vê-los! E depois, algo que nunca percebi em Portugal, diz respeito aos livros patrocinados institucionalmente: caros! Estou a lembrar-me, por exemplo, dos livros de Georges Minois. Acaba por ser um escândalo! A respectiva Comissão Nacional Para as Comemorações do Centenário da República continua na mesma órbita. Parece que brincam com os dinheiros dos contribuintes, não acham? E alguns até gostaria de ter... Bom, afinal de contas, hoje lá se abriu uma excepção, até porque o almoço correu bem, um luxozinho, e comprei "Os Cartazes na Primeira República", de Maria Alice e Tiago Baptista, aqui reproduzindo a capa e dois documentos de Bernardino Machado, os quais, por sinal, existem no Museu com o seu nome, em Vila Nova de Famalicão... E mais não digo!
"Os livros são as melhores provisões que encontrei para esta humana viagem." (Montaigne)
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
cartazes republicanos
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