segunda-feira, 15 de agosto de 2011

portuguesia 5.ª edição



"A diferença é dizer, é revelar, é haurir o tesouro da eloquência a riqueza da palavra."


"Grande há ser o merecimento da poesia, personalizada, deixem dizer assim, no poeta para resistir à negligência sisuda dos que, fartos das suas, prescindem de assistir às lástimas alheias! Esse grande merecimento há-de consistir em três preciosas qualidades: primor da linguagem, conhecimento do coração, e elevada filosofia, tão elevada filosofia, tão elavada que a personalidade do autor desapareça nela, e fique a humanidade."


Camilo, O Nacional, 1856




PORTUGUESIA


FESTA DA POESIA DE LÍNGUAS PORTUGUESAS E ESPANHOLAS


5.ª EDIÇÃO


3 SETEMBRO 2011


CASA-MUSEU CAMILO CASTELO BRANCO


S. MIGUEL DE SEIDE


VILA NOVA DE FAMALICÃO




O autor do projecto desta festa da poesia lusófona, agora voltada para a língua espanhola, é wilmar silva, tendo como curadores o próprio wilmar e luís serguilha. tem o apoio da câmara municipal de vila nova de famalicão e da casa-museu de camilo castelo branco-centro de estudos camilianos, com poetas, artistas e ensaístas convidados do brasil, da espanha, da finlândia, do méxico, de moçambique e de portugal.






abertura


arq. armindo costa, presidente da câmara municipal de vila nova de famalicão


apresentação "portuguesia" por wilmar silva e luís serguilha




09h30


audição instalação "tropofonia"


a lírica de camilo castelo branco


jardins da casa de camilo




10h30


perfomances "guesas livres"


com carlos vinagre, luísa raposo, maria elisa ribeiro, rita dahl




11h30


provocação a poesia em transe: transversalização


medulas de diálogo: imersão e emersão da palavra


com amadeu gonçalves, marília lopes e sara canelhas


provocador: josé pego




12h45


perfomance "guesas livres"


com elza ramos amaral, francesco napoli, jorge melícias, jorge velhote




15h00


perfomance "guesas livres"


com joão rasteiro, camila vardarac, olga valeska, victor sosa




15h45


provocação a poesia em transe: imaginários de resistência


medulas de diálogo: koa`e de luís serguilha


com luís serguilha


provocador victor sosa




16h45


perfomance "guesas livres"


com beatriz ramos do amaral, carlos poças falcão, domingos mazzilli, ignacio martínez-castignani




17h30


provocação a poesia em transe: des-territorialização da língua


medulas de diálogo: geografias, línguas, linguagens


com josé manuel mendes, graça capinha, helena vasconcelos


provocador paulo nogueira




19h15


perfomance "guesas livres"


com camila buzelin, delmar gonçalves, gisela gracias ramos rosa, tábata morelo




20h00


exposição e leitura cartas de amor enviadas a camilo


com regina melo




20h30


liberdade livre







xosé vázquez pintor

Considerado uma das vozes mais originais da literatura galega, herdeiro cultural e literário de Rosalía de Castro, Xosé Vázquez Pintor nasceu em Melide (1946) e é o criador de uma obra literária repartida pelos mais variados géneros: desde a poesia, a narrativa, o ensaio de carácter antropológico, passando pelo teatro e até pela literatura infanto-juvenil. Ganhou vários prémios, nomeadamente Eduardo Pondal, Cidade de Ourense, Esquío, Uxío Novoneyra, Carvalho Calero, Torrente Ballester (que é exemplo o livro que aqui se destaca, A memoria do boi) e Premio da Crítica Española. Relativamente ao teatro, fundou os grupos Ancoradouro e Casa da Bola em Cangas, onde reside. Colabora frequentemente na rádio e na imprensa, tendo sido membro fundador do semanário A Nosa Terra. O jornalismo tem sido a sua grande paixão de sempre, tendo colaborado em jornais como El Ideal Gallego, Faro de Vigo, La Voz de Galicia, SER-Galicia, participando num programa televisivo semanal na televisão de Morrazo. Do livro que leio, deste escritor galego que já foi homenageado em 2008 pela Associação de Escritores da Língua Galega, de leitura apaixonante, cito: "Non hai silencio, porque o silente aquí tamén é culpa das lembranzas... a estima está e segue a vida, o alimento, o futuro." O silente em silêncio de si próprio. Agradável esta palavra: silente! somos seres em silente, somos seres do silente sem silêncio.