sábado, 5 de fevereiro de 2011

desidério murcho

"Quase não há conclusões em filosofia, na acepção de teorias consensuais semelhantes às que temos em física ou noutras ciências. Muitos tomam isso como uma limitação da filosofia. Eu tomo-o como uma das mais importantes contribuições para o esclarecimento da humanidade: fazer-nos continuar a pensar quando a tentação óbvia é desistir. /A filosofia não é uma mera expressão de irredutíveis interioridades subjectivas. A filosofia tem valor precisamente quando não a encaramos como um domínio de indiscutíveis subjectividades, mas como a procura discutível de verdades, em áreas onde toda a verdade parece escapar-nos por entre os dedos. Mas tentamos e voltamos a tentar e voltamos a tentar. Porque não o fazer é garantir que nunca descobriremos verdades. Se houver alguma hipótese, ainda que muiti remota, de as descobrir, só tentando o faremos. / [...] / Quis neste livro dar uma ideia de como se raciocina em filosofia. Escolhi algumas áreas em que, creio, muitas ideias comuns estão erradas. Mas posso estar enganado. Este livro não é, então, o término da discussão filosófica. É apenas uma das maneiras de a começar." (95-96)





I
DEMOCRACIA
Contra a democracia
Falibilidade
Liberdade de escolha
II
LIBERDADE
Contra as liberdades
Falibilidade
Liberdade de Expressão
Verdade
III
AUTONOMIA
Paternalismo
Minúcias
Interdependência
Direito de errar
IV
VALOR
Preferências
Factos
Evolução
Valor intrínseco
Egoísmo
Egoísmo Universal
V
SENTIDO
Biologia
Distinções
Diversidade
Felicidades
VI
REALIDADE
Aparências
A medida de todas as coisas?
raciocínio
Representação
Sonho
Ilusão
VII
CONTINGÊNCIA
Realidade necessária
Números
Hipóteses
Partes e todos
Deus
VIII
RACIOCÍNIO
Justificação falível
Controlos e ajustes
Lógica
Argumentação
IX
VERDADE
Verificação
Objectividade
Complexidade e falibilidade