domingo, 25 de julho de 2010

simplesmente douro

E ontem foi simplesmente um dia fantástico!!! Não há palavras para ainda descrever a beleza do rio Douro e das suas margens, apesar de alguns crimezitos arquitectónicos que se vai vendo aqui e ali. É um espectáculo ver as comportas das barragens (Crestuma e do Carrapelo) a abrirem e a fecharem-se. De manhã ainda houve confusão: lá se foi ter ao cais de Gaia, chega-se cedo, e depois as informações que dão são erradas; muita gente teve que ir para a Ribeira em busca do barco, que se chama a Princesa do Douro. De facto, as princesas são difíceis de se encontrar, até com nome de barco! Mas depois tudo lá correu bem: o passeio é simplesmente... enfim, não há palavras para descrever. Mesmo as fotografias, e são tantas, foram difíceis de escolha para colocar aqui. Mas ás que coloco dá perfeitamente para ver a beleza que ainda é o rio Douro. Depois, na Régua, um calor assombroso, ainda fui ao Museu do Douro e por lá vagueei um pouco. Ainda comprei uma antologia de textos sobre o rio. Então, nada de Camilo, nem de Eça e outros que mais. Os organizadores só se preocuparam com os escritores naturais, caso de Junqueiro, Campos Monteiro, Pina de Morais, João de Araújo Correia, Guedes de Amorim, Domingos Monteiro e Miguel Torga. Há três excepções há regra: Sousa Costa, Manuel Mendes e Alves Redol. Mas, tal critério não é muito justificável: ficam muitos escritores de fora, até estrangeiros, que escreveram páginas memoráveis sobre o Douro. Uma antologia assim fica muito pobre. O Douro literário, chamesmos-lhe assim, merecia bem melhor, uma edição criteriosa e científica. Mas esta antologia bem simples sempre tem uma vantagem: divulga alguns escritores já completamente esquecidos: Sousa Costa, ou Manuel Mendes, por exemplo. De qualquer maneira, vale a pena, quem for á Régua e ao Museu do Douro, passar por lá e comprar esta pequena antologia. Depois, já na estação da Régua, com uma sala de espera climatizada, mas que fresquinho, com o livro dos 150 anos da CP, o qual tem duas fotografias de Famalicão: a estação, esta já conhecida, e uma de Nine, desconhecida. Na legenda da fotografia relativamente a Nine, que aqui coloco, tem a seguinte legenda: "Carruagem dos CFE-Minho e Douro de 2.º e 3.º classes, com dois pisos, na estação de Nine, construída em 1875 pela Chevalier, Cheilus-França. Estes veículos só circulavam entre Porto-Braga-Penafiel, por exceder o gabarit dos túneis de S. Miguel da Carreira, na linha do Minho e o de Caíde na linha do Douro. Comboio rebocado pela locomotivatender MD16 "Mira", construída pela Beyer Peacock-Reino Unido, em 1878." O curioso, é que a inauguração da estação de Nine aparece nos jornais, principalmente nos regionais, de Braga, enquanto que a de Famalicão, a inauguração da estação, nunca tal vi! Coisas que a vida tece.






























2 comentários:

João Afonso Machado disse...

Boas fotos, Amadeu. De quem?
Aparece amanhã na Noite do Conto e da Poesia. Vou falar sobre VNF da nossa infância e gostava de ter lá, à volta das mesmas recordações.

Amadeu Gonçalves disse...

Viva João. Obrigado pela apreciação e de teres gostado das fotos. São deste aprendiz, como em tudo, na vida. Se puder lá estarei. Abraço amigo.