A História oficial, secundada pela Imprensa, comete a proclamação, por José Relvas, para as 9 nobe horas. Segundo Raul Brandão (II, p. 21) «Às oito e meia está proclamada a República». O Diário de Notícias de 6 corrige para as 9 horas, mais plausível, se, como afirma a 3.ª edição d`O Século, os membros do Directório «foram às 8, 40 para a Câmara Municipal».
Terminava assim um processo inaugurado em 1876, quando se funda o Partido Republicano Português e nasce o Partido Progressista, que alterna no governo com o Partido Regenerador. O Partido Republicano e a Maçonaria serão os principais responsáveis pelo trabalho de propaganda e erosão do regime, em momentos-chave (1880: tricentenário da morte de Camões; 1882: centenário da morte do Marquês de Pombal, que serve para campanha antijesuítica; 1890: Ultimatum; 1891: revolta republicana do Porto), que se agudixam entre 1906 e 1910 - já com a Carbonária e a Junta Liberal -, anos que traremos à boca de cena, dando, então, primazia às jornadas de 3, 4 e 5 de Outubro.
Ernesto Rodrigues
i) O Absolutismo de João Franco.
ii) O regicídio.
iii) A Revolução pelas Armas.
iv) Avanços e Recuos.
v) Os Primeiros Dias de Outubro.
vi) A Revolução em Marcha.
vii) Acção Política.
viii) Idílio.
ix) Epílogo.
No final de cada capítulo, o autor seleccionou textos específicos para uma compreensão mais lata do tema que trata, designando de "Antologia". Temos assim autores como João Chagas, Brito Camacho, Joaquim Leitão, entre tantos outros.
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